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Carne de cordeiro está ganhando espaço para crescer

- 04/04/2009

Aos poucos, a carne de cordeiro ten­ta ganhar apreciadores fora dos restaurantes mais sofisticados e entrar no mer­cado consumidor mais popular, poten­cialmente muito maior e bastante atraente. O setor cresce há quinze anos, mas nos últimos quatro a mudança foi enorme. No passado, a carne de cordeiro era consumida praticamente só no ex­terior. Com o passar do tempo, restaurantes sofisticados começaram a introduzir novos pratos. “Antes, o ­consumidor comia fora do Brasil, hoje ele pode desfrutar de ótimas carnes (de cordeiro) aqui mesmo”, comenta Belarmino Iglesias Filho, sócio de um restaurante fino de São Paulo.

A maior demanda é de restaurantes de alto padrão do Rio de Janeiro e, principalmente, de São Paulo. O custo é um entrave para que o cordeiro se popularize. “Ela é uma carne ­mundialmente mais cara, tem um custo de produção maior e não é muito popular”, afirma Ar­naldo Vieira, presidente da Aspaco - As­sociação Paulista de Criadores de Ovinos. Mas “eu diria que ela é uma carne ainda cara porque não tem escala. É um produto elitista, mas tende a se popularizar”, opina Belarmino.

Em São Paulo, alguns supermercados já oferecem a carne. O frigorífico Clube do Cordeiro vende diretamente para a capital paulista. “Nossos consumidores são os restaurantes mais finos e redes de supermercados em bairros mais nobres”, diz o proprietário Beno Za­terka. Mas a exposição pode até atrapalhar a popularização. Alguns super­mercados colocam o produto longe das carnes bovinas. Com isso, acabam transmitindo a ideia de que o cordeiro é uma carne exótica.

Em algumas cidades do interior de São Paulo, onde há criadouros e frigoríficos, a carne já faz parte da alimentação no dia-a-dia da população. “Há ­locais que oferecem cordeiro no self-service. Nós atendemos desde consumidores até restaurantes franceses”, afirma Zaterka. E não é só em São Paulo. “Há luga­res, como o interior do Paraná, que domingo é dia de churrasco de cordeiro”.

 

 

 

A carne de cordeiro está se tornando mais popular.

 

De um modo geral, o consumidor bra­sileiro ainda não tem conhecimento da qualidade da carne. “O cordeiro é uma carne vermelha mais digestiva, extremamente leve e macia. Vem sendo des­mistificado que é uma carne de difícil preparo e demorada para cozinhar. Isso ocorreu por causa dos animais que eram abatidos mais velhos. Desmistificar é coisa do marketing e pouco a pouco vai alcançando as pessoas. É uma questão cultural”, explica Vieira. Alguns criadores acreditam que essa mudança de há­bito seja lenta, pois os produtores não estão preparados para abastecer nem mesmo o mercado atual. O grande medo é incentivar o consumo de carne ovina e não conseguir suprir a demanda.

O problema é que a produção não acompanha a demanda. Seis das sete fontes entrevistadas citaram a falta de es­trutura da cadeia produtiva como a grande culpada pela baixa produção. Falta de padrão, de união, de organização e de estrutura, comércio informal e fragmentação da cadeia são as críticas dos entrevistados. Em contrapartida, um vizinho foi elogiado. “A grande maioria da carne importada vem do Uruguai. Eles têm uma cadeia organizada”, disse Vieira, da Aspaco. Mas, não há pessimismo no setor. Segundo ele, em alguns anos o Brasil terá uma produção padronizada, de qualidade e tão boa quanto a importada. “Os produtores estão investindo em genética. Os investidores estão entrando e isso dá segurança. O go­verno também está se mostrando interessado”, afirmou.

Com uma cadeia produtiva organizada, o produtor brasileiro enxerga lucros e oportunidades para o futuro. “O mercado está crescendo em consumo. Um ponto de distribuição está sendo em São Paulo”, anunciou Beno Zaterka. Outro produtor esperançoso é José Boni­fácio Fontão, gerente de ovinos da Fazenda Santa Nice, no Paraná. “Trou­xe­mos 5.000 embriões da Nova Zelândia. O projeto é chegar a 30 mil cabeças”, afirmou.

As expectativas dos criadores são confirmadas pelo presidente da Associa­ção Paulista de Criadores de Ovinos. “Os produtores têm um horizonte enorme. Há demanda reprimida. Muita gente sai para comprar e não acha”, disse Vieira. Segundo ele, pessoas do Oriente Médio (um dos maiores consumidores da carne) visitaram a associação buscando for­necimento, mas teve que negar porque não há produção suficiente. A expectativa do presidente é de uma cadeia produtiva organizada e produzindo com qualidade em cinco anos.

 






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