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O SANTA INÊS NO EXTREMO SUL

- 03/07/2009

Saindo do sol inclemente e passando a viver num frio de arrepiar,

o Santa Inês dá mostras de valentia e já caiu no gosto do gaúcho...

 

Oriunda de uma mistura de raças ovinas, a Santa Inês é reconhecida pela rusticidade, prolificidade e capacidade de adaptação ao clima semiárido do Nordeste. Os animais desta raça também são caracterizados pela ausência de lã, o que prova sua resistência ao clima seco. Boa produtora de pele e carne, a raça é muito utilizada no cruzamento com outras raças para fins comerciais, especialmente para a produção de carne de melhor qualidade. Tem se estendido por várias regiões brasileiras, inclusive chegando ao extremo Sul, onde a temperatura é muito baixa, bem diferente daquela encontrada no Nordeste ou no Centro-Oeste.

Pioneira no estado do Rio Grande do Sul, a Cabanha Alecrim investe em ovinos da raça Santa Inês há 24 anos, nas margens do rio Uruguai. De acordo com o proprietário, Sr. Pedro Eloi Scalco, o rebanho teve início com seis fêmeas e um macho vindos do Paraná em 1985.

Atualmente, a cabanha possui um plantel de mais de 1.000 exemplares da raça, sendo a maioria com registro PO. “Temos investido no que há de melhor em se tratando de matrizes e repro­du­tores Santa Inês” - diz o Sr. Scalco.

 

 

 

A maior dificuldade encontrada no início da criação foi a aclimatação dos animais vindos de outros estados, principalmente do Nordeste. De acordo com a Drª Carina Scalco, veterinária responsável pelo plantel, devido à variação climática do Rio Grande do Sul, é preciso duas a três gerações para uma completa adaptação dos ovinos ao frio que jamais viram. Salienta, porém, que após aclimatado, o Santa Inês gaúcho consegue atingir 50% a mais de peso que o nordestino, mesmo quando criado a ­campo, devido à melhor pastagem nativa dos campos do sul, onde divide espaço com 600 cabeças de bovinos da raça Brahman.

A raça Santa Inês não é acostumada a longos períodos de chuva, fenômeno que jamais é visto no Nordeste.O certo é que, depois de uma aclima­ti­zação, as gerações tornam-se bastante rústicas, exigindo cuidados mínimos.

Isso faz com que o Santa Inês seja um ótimo investimento no Rio Grande do Sul”, diz o Sr. Scalco.

Outra característica de adaptação dos animais refere-se às baixas temperaturas. As criações no Sudeste e, agora, no Sul, comprovam que os ovinos - mesmo completamente des­lanados - desenvolvem naturalmente uma pelugem no dorso durante o frio prolongado. É uma proteção atávica, ou seja, que vem no código genético dos mamíferos. São poucas as raças que, definitivamente, são deslanadas geneticamente, mas o Santa Inês não é uma delas, como se verifica na maioria dos rebanhos que saíram do Nordeste e hoje vive no Sudeste ou Centro-Oeste. Deve ser uma reminiscência de raças lusitanas, como a Churro.

O hábito alimentar do Santa Inês também difere das demais raças de ovinos que preferem pastos baixos.  Os ovi­nos deslanados tendem a apresentar um comportamento inverso, preferindo arbustos e leguminosas. A conversão alimentar do Santa Inês, até o momento, parece ser maior que a das raças produtoras de lã nos ambientes verdes do Sul.

O manejo sanitário com animais des­lanados requer menos mão-de-obra que com as demais raças, devido à ausência da lã em grande parte do ano. São mais higiênicos, não sendo necessários manejos como desolhe (tosquia em torno dos olhos) e cascarreio (tosquia em tomo da vulva, nas coxas e cauda, efetuada nas ovelhas um mês antes do parto, para retirar sujidades e tornar o parto mais higiênico). Por isso, são pou­co suscetíveis à miíases.

As fêmeas são bastante prolíferas apresentando mais de um cio por ano o que resulta em mais de um parto anual, não sendo muito diferente do que acontece no Nordeste. Também é praticada Transferência de Embriões e Insemina­ção Artificial, na fazenda, com ­resultados semelhantes ao de qualquer outra localidade do Sudeste.

O paladar da carne é um grande diferencial a favor do deslanado. O Santa Inês tem sido muito bem aceito entre os gaúchos, principalmente no tradicional churrasco. A carne difere bastante das demais raças criadas no sul devido ao seu menor teor de gordura.






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