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CRESCIMENTO PROMISSOR X DESORGANIZAÇÃO PREOCUPANTE

Autor: Vinícius Pereira Guimarães, Fernando Hen - 03/07/2009

Crescer é possível, mas falta o básico: fazer anotações,

gerar informações, dentro das porteiras para,

depois, atender o público fora delas...

 

 

A caprinocultura e a ovinocultura têm mostrado nos últimos anos ser uma atividade agropecuária de extrema importância para algumas regiões brasileiras. Reconhecidamente no Nordeste já mostrou sua potencialidade e sua ­promissão em ser uma atividade que se adapta bem às adversas condições climáticas da região. Não obstante no Nordeste, nos últimos anos, vem ocorrendo um crescimento significativo da ovinocultura principalmente nas regiões Sudeste e Centro-oeste, respectivamente 106,9% e 36,5% no período de 1999 a 2008, segundo o Anualpec-2008. Já a caprino­cultura apresentou maior crescimento na região Sul (109%) enquanto o Nordeste, com 90% do rebanho nacional, apresentou redução de 8% no mesmo período.

O atual crescimento das atividades relacionadas a caprinos e ovinos está diretamente ligado ao crescimento e diversificação do mercado consumidor desses produtos. Este crescimento, entretanto, só não é maior por causa da de­sorganização da cadeia. O setor vive, apesar de todo crescimento, um des­com­passo de produção, qualidade, volume e frequência de colocação do produto no mercado. É por esses e outros mot­ivos e que se tem visto a entrada de produtos importados para suprir essa carência no mercado brasileiro.

 

 

 

Como em todo setor produtivo, muitas são as dificuldades para a organização da cadeia de produção na caprino-ovinocultura. O que preocupa é que a de­sorganização do setor reflete, em parte, a desorganização dentro das proprie­dades. Por exemplo; para se firmar um con­trato com comprador de carne ou lei­te, é fundamental garantir qualidade, volume e principalmente constância de fornecimento para que os consumidores possam ter sempre a disponibilidade do produto. Para que esse fornecimento aconteça, o produtor precisa se organizar dentro da propriedade para garantir ao mercado um produto que, além de atender as expectativas do consumidor, seja oferecido de forma frequente. Um produto homogêneo, em quantidade e qua­lidade tem faltado no mercado principalmente para os consumidores que se dispõem a pagar um diferencial por essas características.

Pretende-se neste artigo levantar a discussão de que a organização da cadeia começa também pela organização interna da propriedade. Tanto para ovinos, caprinos, bovinos, etc. - o que se per­cebe dentro das propriedades é um reduzido controle gerencial e organização. Não está se falando aqui em contro­les elaborados com programas de com­putador, mas simples anotações para que o gerente, produtor ou técnico ­tenha informações suficientes para planejar melhor a atividade para o mercado. É pre­ciso melhorar as anotações e registros de informações realizados nas fazendas para se conseguir fazer os controles zootécnicos e econômicos. Sem esses registros fica difícil para o ­produtor ou técnico poder tomar qualquer decisão buscando planejar a atividade para suprir as carências mercadológicas citadas anteriormente.

Apesar de não ser nada inédito o que se discute aqui, pouco tem sido feito no sentido de trazer para a realidade dos produtores informações gerenciais que permitam a eles uma melhor orga­ni­zação e planejamento da produção e des­te entendimento construir grupos de interesse para fornecer produtos com qua­lidade e em quantidade para determinado mercado consumidor.

A caprino-ovinocultura há muito ­tempo é tida como uma atividade promissora, mas a organização e estru­tu­ra­ção da cadeia produtiva deve ser prio­rizada para, de forma conjunta, promover e difundir os produtos de caprinos e ovinos no Brasil até mesmo preparando-se para o mercado externo.

Capacidade técnica e condições climáticas não são no momento ­grandes entraves para a produção, mas, uma me­lhor visão gerencial acompanhada de um entendimento do mercado consumidor são aspectos crucias para a caprino-ovi­nocultura continuar despontando nacionalmente como opção de produção pecuária.

 

 

Vinícius Pereira Guimarães - é pesquisador DCR Funcap/Embrapa Caprinos -  Fernando Henrique M. A. R. Albuquerque - é analista da Embrapa Caprinos.






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