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UM NOVO BRASIL

- 03/07/2009

A crise internacional existe, mas não é um bicho-papão. De acordo com estudos do Ministério da Agricultura, a produção de grãos, no Brasil, deverá aumentar em 28,7% até 2018. A produção de carnes deverá aumentar 51%. Estes aumentos já levam em conta toda sorte de cenários adversos e coisas ruins que podem acontecer. O Brasil caminha pra frente, a qualquer custo - garantem os estudos.

O motivo é simples: o mundo precisa comer e o Brasil é o único espaço que ainda pode ser cultivado e produzir grãos e carne para a humanidade. “O Governo diz que a produção de carne deverá passar das atuais 24,6 milhões de toneladas para 37,2 milhões - mas o setor pode crescer bem mais que isso” - garante José Má­rio Schreiner, da CNA.

No setor de ovinos e caprinos de corte, o rebanho atual de 36,0 milhões de ca­beças deverá atingir 100,0 milhões rapidamente, chegando ao estágio de maturidade. Depois, poderá continuar evoluindo para beirar 200 milhões, tornando-se, de fato, o maior produtor mundial. Há, portanto, um bom espaço para crescimento e in­vestimento seguro, tanto ao redor de grandes núcleos urbanos, como nas vastidões interioranas.

O Brasil, todavia, tem dado exemplo de não saber qual o melhor caminho a ser seguido. Bastaria imitar a China, que não se importa com decisões tomadas pelos grandes grupos econômicos mundiais: ela olha para seu povo, investe pesadamente no próprio desenvolvimento e na produção agropecuária. Esse é o caminho do Brasil, sem necessidade de ouvir conselhos de outras nações.

 

 

 

Pitorescamente, volta à baila o ditado de Antônio Carlos Jobim: “o Japão é um país paupérrimo (em recursos naturais), mas tem vocação para a riqueza; já o Brasil é um país riquíssimo, mas tem vocação para a pobreza”. Seria importante se­pultar essa visão!

O planeta entra em uma nova fase histórica. De fato, o “modelo norte-americano” acabou: o maior prédio do mundo já está em Taipei, seguido por outro em Du­bai; a maior empresa pública de comércio fica em Beijing; a maior refinaria do mundo está na Índia; o maior avião de passageiros é construído na Europa; o maior fundo de investimentos fica em Adu Dhabi; a maior indústria cinematográfica está na Índia; a maior montanha-russa fica em Singapura; o maior cassino está em Ma­cao; os 10 maiores shopping-centers ficam foram dos Estados Unidos; só 2 pes­soas norte-americanas estão entre os homens mais ricos do planeta. Isto signi­fica que o mundo segue em frente, já vivendo um período pós-americano.

O Brasil pode se orgulhar de entrar nessa lista como o maior produtor de ali­mentos do planeta. Já tem o maior rebanho bovino e é o maior exportador de car­ne; é hora de aumentar o rebanho de ovinos e caprinos.

Nesse momento, todos os problemas da ovino-caprinocultura podem ser resumidos em apenas um:

- Não há um sistema de escoamento lucrativo para os produtores.

De fato, a produção de carne esbarra no escoamento clandestino que paga melhor do que o sistema oficializado (com SIF). Condenar a clandestinidade? Nada disso, pois a solução seria facilitar a implantação de sistemas diversificados de escoamento para os produtores, levando à absorção dos sistemas clandestinos.

Muitos fazendeiros realizam seus próprios abates, com segurança sanitária, mas não conseguem obter aprovação de uma planta. O Ministério é viciado em aprovação de grandes plantas, enquanto o país poderia ter muitas pequenas plantas, tanto quanto muitos pequenos laticínios para o leite de cabra/ovelha. No futuro, as pequenas plantas tornar-se iam médias e, depois, grandes - por competência de seus empresários.

O próprio Governo deveria ter - já prontos! - os projetos de engenharia para pe­quenos abatedouros de ovinos/caprinos e pequenos laticínios. Não tem. Para piorar, quando alguém apresenta um projeto, esbarra em burocracias insanas que parecem desconhecer o nível nutricional do próprio povo brasileiro. Se o país não produz alimentos para seu próprio povo é por incompetência de sua burocracia. Ao invés de promover o crescimento, o país patina! Chegou a hora de mudar essa fisionomia de estagnação.

De fato, o momento é de otimismo, com a chegada do Marfrig, um grande ca­nal de escoamento, que paga preços competitivos às boas carcaças. Assim, empresários podem produzir carcaças internacionais, com segurança, pois receberão um preço digno. É o começo do futuro já chegando à porteira, mostrando que o empresário faz sua parte, tanto quanto o produtor de carne. Espera-se que o Go­verno faça a parte dele, trazendo o futuro para hoje. Um Marfrig é pouco, pois ca­bem dezenas dele pelo país afora. Havendo escoamento garantido, haverá mul­tiplicação de re­banhos e de em­pregos em todo Brasil.






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