Em alguns países já é comum obter energia elétrica de dejetos animais. A energia é introduzida na rede estadual ou federal, gerando faturamento para os produtores de animais. No Paraná, a Itaipu Binacional entrou no segmento, sendo o primeiro condomínio cooperativo de energias renováveis do Brasil. O projeto abrange propriedades rurais de agricultura familiar da bacia do Rio Ajuricaba, localizado no município de Marechal Cândido Rondon. Com assistência técnica da Itaipu e da Emater/PR, as propriedades, na maioria dedicadas à criação de suínos e de bovinos de leite, farão o tratamento dos dejetos dos animais, gerando biogás, que por sua vez funciona como combustível para motogeradores, produzindo energia elétrica. O biogás será transportado por meio de um gasoduto que interligará biodigestores instalados nas propriedades a uma microcentral termelétrica, a ser operada pelos produtores, em regime de condomínio. Além de evitar a poluição dos rios e do ar, o processo tem como subproduto o biofertilizante, que será utilizado nas pastagens e lavouras, aumentando a produtividade. As propriedades beneficiadas ficam na Bacia do Rio Ajuricaba, localizada em Rondon. A energia elétrica gerada será vendida à Copel.
Aos ganhos que os produtores terão com a venda de eletricidade, será somada à receita com o comércio de créditos de carbono, pelo chamado Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), previsto no Protocolo de Kioto. Isto porque o tratamento ambiental dos resíduos e dejetos evita emissões de gás metano, que é 21 vezes mais poluente que o gás carbônico.
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