De olho na melhor genética do mundo para o segmento, Oriente Médio e África estão em busca tanto da carne como do animal vivo do Brasil, mas esbarram na falta de escala de produção. “Eles estão batendo em nossa porta, mas não temos produção”, diz Arnaldo dos Santos Vieira Filho, presidente da Associação Paulista de Criadores de Ovinos (Aspaco) e presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Caprinos e Ovinos. Ele acrescenta que Irã e Líbia são os maiores interessados em fazer negócio. A Região Nordeste do Brasil aparece como destaque entre os exportadores: a Bahia já exporta ovino para Angola e o Ceará, para Cabo Verde.

Ênio Queijada de Souza, coordenador técnico do Sebrae, diz que “apesar de os baianos ainda embarcarem um volume pequeno, isto sinaliza que o mercado externo está de olho no Brasil. No ano passado, o Ceará enviou para Cabo Verde seis toneladas da carne”.

Para Paulo Afonso Schwab, médico veterinário e presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), o Brasil vai bem, mas falta organização no setor. “Precisamos de políticas públicas, principalmente de extensão rural”, diz.