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Acertando o desacerto

- 05/09/2010

Um dos fatores de lucro é a homogeneidade das carcaças que, também, é essencial para garantir o crescimento da atividade, pois o consumidor quer peças de mesmo tamanho, peso e sabor. Esta é uma tarefa para ser realizada dentro das porteiras e dentro dos animais.

 

Muita gente afirma que o grande vilão da produção de carne ovina é a atuação desenfreada do clandestino, o “fri­gomato”. Depois de séculos garantindo o desempenho da atividade, o frigomato já se transformou em Dr. Frigomato.

O Dr. Frigomato existe porque, em boa parte, os frigoríficos não conseguem pagar um valor que seja justo, adequado e estimulador para as carcaças, uma vez que elas dificilmente apresentam homo­ge­neidade e constância na entrega. De fato, não há carcaças suficientes para ga­rantir a linha de produção do frigorífico e, muito menos, carcaças com homo­ge­neidade, na maior parte das regiões produtoras.

Isso indica que a atividade está chegando à maturidade, pois já começa a discutir tais assuntos. Do início da discussão, porém, até chegar a uma realidade satisfatória, há um bom caminho a ser percorrido, dentro das porteiras, destacando-se os seguintes:

u Primeiro - produzir quantidade de carcaças.

u Segundo - ter constância nas entregas.

u Terceiro - garantir qualidade da carcaça.

u Quarto - garantir o sabor da carne.

 

Quando se compra, por exemplo, 30 coxas de frango, todas terão o mesmo sabor e, mais ou menos, um tamanho idêntico. O mesmo refere-se ao pernil de porco. A carcaça moderna está estabe­le­cida por padrões internacionais que, por sua vez, seguem a determinação do consumidor (dona-de-casa). Afinal, em muitos países, um prato de carne ovina ou caprina é algo nobre, para grandes ocasiões! Quando se compram, por exemplo, 20 carcaças de cordeiro, no açougue brasileiro, o risco de terem tamanhos e sabores diferentes é muito grande. Assim, não há cozinheira que consiga pratos homogêneos!

Nos países avançados jamais alguém pensaria na existência do Dr. Fri­go­mato, uma vez que se trata de um produto de alta nobreza. Então, basta ao empresário brasileiro acompanhar o que já está feito. É o que muitos já estão fa­zendo: buscando a melhor genética pos­sível para garantir animais homogêneos.

 

Um exemplo do prejuízo

 

Em uma visita informal, ao frigorífico do Clube do Cordeiro, como já foi feito em outros, foi analisada uma carga, de um único fornecedor, no dia 29 de julho de 2010. Eram 70 animais. O produtor esperava um bom dinheiro pela carga, mas não foi o que aconteceu. Vale a pena analisar o caso.

A carga era composta por 70 animais, sendo 31 de descarte e 39 de cordeiros.

Preço do kg de descarte: R$ 5,00. Preço do kg de cordeiro: R$ 8,00.

 

l Resultado da venda de Descartes

31 x 22 kg x R$ 5,00 = R$ 3.410,00

Recebeu - R$ 2.546,50

Perdeu - R$ 863,50

Recebeu 74,68% e perdeu 25,32%.

 

 

l Resultado da venda de Cordeiros

39 x 22,6 kg x R$ 8,00 = R$ 7.051,20

Recebeu - R$ 4.250,40

Perdeu - R$ 2.800,80

Recebeu 60,28% e perdeu 39,72%

Conclusão

 

 

 

O pecuarista admite perder 35,03% pela falta de homogeneidade da carcaça e, ao mesmo tempo, reclama da atuação do Frigomato que somente existe por não ter que pagar entre 35% a 40% de impostos e outras despesas que incidem sobre a carne fiscalizada. O Dr. Frigomato, portanto, tem essa “folga” de 35% ou 40% para acrescentar ao produto sem fiscalização! O Dr. Frigomato, portanto, não tem compromisso com o mercado, sendo uma figura destinada a desaparecer quando as carcaças forem homogêneas, constantes e de boa qualidade. É o que já acontece com as demais carnes (frango, gado e suínos).

O mercado internacional não se interessa pelo Dr. Frigomato brasileiro, pois só negocia com carne inspecionada. Há, então, uma tarefa a ser realizada dentro das porteiras, para não levar cargas para o frigorífico que apresentem um “erro” de 35% na conformação das carcaças ou no acabamento.

Neste exemplo, além da perda de 35%, pela falta de homogeneidade, o criador poderia ter recebido também o valor do Dr. Frigomato, caso tivesse carcaças de boa qualidade.

Fica evidente que, no dia em que o produtor estiver entregando carcaças padronizadas, estará recebendo 100% do valor dos animais e o Dr. Frigomato terá desaparecido do cenário.

Como homogeneizar carcaças? Co­mo garantir os prazos de entrega? Como garantir a qualidade de carcaça e do sabor de carne? A resposta é: com melhora­mento genético. Para consertar o aspecto exterior do animal, que está muito desacertado, é preciso acertar a parte interna, escondida nos cromossomos.

 

 

A homogeneidade leva ao cálculo correto

 

Uma vez que o animal de corte é o resultado da “região + situação”, fica evidente a incrível oportunidade de produzir dezenas de ecótipos a partir de mestiços lucrativos, com dosagem genética fixada. Este é um fabuloso mercado para os selecionadores ou para os próprios produtores de carne. Os ecótipos necessários poderão utilizar todas as raças existentes no Brasil e outras que ainda sequer foram importadas.






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