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A FABULOSA HISTÓRIA DE DEU-LA-DEU

- 14/12/2010

Monção é sede de um município com 211,51 km² de área e apenas 19.957 ha­bitantes (Censo de 2001), sendo limitada ao norte pela Espanha, tendo sido fundada em 1261.

A heroína da cidade ficou conhecida como Deu-la-Deu Martins (ou Deuladeu Martins) por sua brilhante atuação durante as guerras fernandinas, em Portugal. Por conta dessa bravura sua imagem está presente até hoje no brasão da cidade.

Era casada com o alcaide-mor de Monção, D. Vasco Rodrigues de Abreu, comandante da praça de Monção. Seu nome parece ser Sancha Pires de Abreu. Portugal estava vivendo um período difícil, como foi comum durante toda a Idade Média, em meio a mais uma refrega com a vizinha Castela (Espanha). O conflito opunha Fernando de Portugal a Henrique de Trastâmara ou Enrique II de Castilla (Castela).

 

A história - Em 1368, Monção estava cercada pelo exército castelhano, comandado por Pedro Rodrigues Sarmento, e depois de um longo cerco às muralhas de Monção, a fome reinava no interior da fortaleza, enquanto o sitiante parecia disposto a esperar e obter a rendição dos lusitanos pela fome e o medo. Não havia, porém, comida, nem dentro das muralhas, nem fora. Atacantes e defensores estavam passando fome e a guerra iria terminar a qualquer momento, por inanição em um dos lados.

Como D. Vasco estava ausente, coube à esposa a defesa do castelo. Percebendo que os invasores estavam também desmoralizados, com fome, a heroína colocou em prática um plano de muita bravura e inteligência que poderia acabar com a guerra. Ela mandou recolher a pouca farinha que ainda restava e preparou muitos pães. Depois, segundo a lenda, subiu ao alto das muralhas, com uma cabra, e começou a atirar os pães para os inimigos, gritando:

- Podem pegar o pão: Deus lo deu, Deus lo há dado.

Assim, deixava claro que a guerra não precisava ter­minar por causa da fome. Ela iria alimentar os exércitos, pois havia comida de sobra dentro das muralhas. A imagem de pães caindo e mais a cabra, ainda viva e saudável, mostrava que era verdade: havia muita comida dentro das muralhas. Ninguém havia comido a cabra nem os pães!

O grito da mulher ecoou na pradaria: se Deus deu o alimento, está dado. O alimento pertence a todos os seres viventes, amigos e inimigos.

O estratagema deu certo, pois os espanhóis, convencidos de que dentro das muralhas de Monção havia fartura e que resistiriam por muito tempo, abandonaram o cerco. O grito da heroína virou apelido e, depois, de Dona Sancha Martins virou Dona Deu-la-Deu, tornando-se lenda e sinônimo de mulher corajosa. Havia terminado a guerra.

Ainda naqueles tempos, foi erguida uma estátua da heroína no alto de uma torre, segurando um pão. Também o brasão da cidade ostenta a figura da nobre mulher a distribuir pães do alto da fortaleza, símbolo da coragem que perdurou até hoje. Na capela-mor, ao lado da epístola, está colocado um túmulo com os restos mortais da heroína.

 

 

 

Outras heroínas - Monção foi palco de lutas de outras mulheres. Em 1643, de novo os espanhóis atacaram o povoado e, mais uma vez, foi uma mulher que comandou sua resistência, a Condessa de Castelo Melhor. De novo, 15 anos mais tarde, Monção foi novamente posta à prova e desta vez, a fortaleza foi defendida inicialmente por cerca de 2.000 soldados, mas a violência da batalha reduziu os defensores a apenas 236 que lutaram corajosamente, animados pela presença de mais uma mulher, Helena Peres, a viúva de um dos militares, e mais 30 outras que acudiam a todos os feridos e encorajavam os soldados.






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