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PRIORIDADE NO CAMPO, QUE PRIORIDADE?

- 04/02/2011

Agora que saiu o presidente Lula e entrou a presidente Dilma chega o momento de checar algumas orientações que passaram por longos anos de hibernação política.

A população rural brasileira está prevista para continuar caindo até chegar a 15% exatamente no ano 2015. O Governo tem se empenhado nessa queda, como “modernização”. Ora, ao mesmo tempo, promove às claras um estranho programa de Reforma Agrária, num país onde sobram terras e há pouca gente querendo trabalhar, segundo as estatísticas que apontam a redução da população rural.

A mídia afirma, todo dia, que o Brasil já é um campeão de produtividade rural. Isto se deve ao aperfeiçoamento da mão-de-obra no campo, com melhores salários pagos pela iniciativa privada. Muitos gerentes recebem entre R$ 3 a R$ 10 mil, salário raro nas cidades. Há uma enorme procura por técnicos, especialistas, gerentes, capatazes, a ponto de muitas universidades estarem promovendo cursos de formação à distância. Com tanto progresso e carência de trabalhadores sérios, soa estranho a cantilena do MST apoiado pelo Governo. De fato, não tem sentido promover um retrocesso, distribuindo terra para pessoas sem qualquer formação e amor ao trabalho, pois estas pessoas estariam melhor servidas com o acesso a um bom emprego nas propriedades já implantadas.

Por outro lado, as estatísticas mostram que existem mais de 4,5 milhões de pequenos proprietários, que compraram sua terra e lá vivem a duras penas, que estariam satisfeitos se pudessem receber uma gleba de 300 hectares em qualquer lugar do país. Cabe lembrar que a pecuária é feita em propriedade média de 150-250 hectares e não em latifúndios como insistem alguns teóricos da anarquia. Enquanto isso, as monoculturas ocupam latifúndios e, estranhamente, não são invadidas pelos mentores do MST, que parece gostar de liquidar justamente proprie­dades familiares grandes e produtivas!

O mais correto seria simplesmente estimular o produtor, pois ele consegue resolver qualquer problema no campo! Por exemplo, se houver estímulo para o produtor de caprinos e ovinos no semiárido, o Governo teria uma incrível produção de leite, carne, peles, etc. O mesmo aconteceria com a produção de frutas, legumes tropicais, etc.! O Governo poderia, então, superlotar o prato de todos os nordestinos, além de promover uma substancial exportação de produtos de alto valor agregado, com “selo” ecológico.

 

 

 

A verdade está lá, bem visível, num gesto de brasilidade assumida.

 

O caminho da redenção, portanto, pode estar nas miunças, mas o Governo parece não enxergar. O rebanho brasileiro, de 30 milhões pode passar de 100 milhões, em poucos anos. Basta o Governo querer e tomar as medidas de estímulo ao sertanejo, ao invés de preferir esmolas politizadas. Enquanto isso, a região de Lajes (RN) chegou a produzir 14.000 litros de leite/dia de cabra, constituindo a “capital nacional do leite”: um sucesso. Ali firmou cooperativa, associação, curtume, frigorífico, etc. Hoje, tudo está caminhando para a destruição, por falta da perseverança governamental. A solução existe, mas é preciso garantir a perenidade do benefício e não apenas tentar captar um bom resultado eleitoreiro. Se o programa Bolsa Família fosse, de verdade, para beneficiar pessoas, então estaria inscrito na própria Constituição Federal, mas não está! Então, pode ser apenas uma mistificação a mais!

Se o Governo continuar nessa linha muito estranha e nada patriótica, o Nordeste pode pagar um alto preço pelas iniciativas que continuam pouco explicadas. Por exemplo: a transposição de águas do rio São Francisco, quando todos sabem que não existe água para sustentar a produção de energia elétrica. Quando o Governo tiver que optar entre energia elétrica e água para o sertanejo, com certeza irá preferir a indústria! A pouca água, então, irá salinizar nos canais de transposição. Esta é uma dura profecia para os sofridos sertanejos que teimam em morar no semiárido e que acreditaram na cantilena de políticos sem compromisso com o chão! A transposição do rio São Francisco é uma tragédia anunciada!!

Resumindo, o Brasil vai muito bem, no campo, mas as prioridades precisam de definição que prestigiem o rurícola, ou seja, aquele que comprou sua gleba e que tem feito a terra produzir com amor. Isso é uma questão de dignidade para quem sempre teve esperança nos novos governos eleitos. Lula trouxe esperança, mas não trouxe soluções óbvias e perenes.

Que o Governo de Dilma garanta dignidade para o sertanejo do semiárido, com suas cabras e ovelhas. Esta mesma frase foi escrita, aqui, no começo do governo Lula e que torna a ser escrita, agora, no início do governo Dilma...






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