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Matérias



ATIVIDADE HEROICA

- 19/04/2011

O Brasil rural é um guerreiro, não só baseado em dados do próprio IBGE, mas também nos divulgados pelo governo norte-americano. Mesmo sem subsídios, o Brasil é hoje o terceiro maior exportador de alimentos do mundo. Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Brasil é líder na produção e exportação de açúcar, café em grãos e suco de laranja. Além disso, é o primeiro exportador mundial de carne bovina, tabaco, álcool etílico e carne de frango. Ocupa a vice-liderança na produção e exportação de soja em grãos, atrás apenas dos EUA, por enquanto. É o terceiro maior exportador mundial de milho e o quarto de carne suína. As exportações do agronegócio, em 2009, totalizaram US$ 64,75 bilhões, representando nada menos que 42,5% das vendas externas. As importações foram de apenas US$ 9,8 bilhões, o que significa um superávit de US$ 54,9 bilhões. Sustentou a balança comercial. Novamente, o saldo do agronegócio bancou o déficit do setor industrial. A mídia, porém, nunca diz que o sucesso brasileiro acontece no campo!

Pelo contrário, a mídia, tanto quanto o próprio governo, insistem na divulgação de que o campo foi apropriado por latifundiários e espalham a imagem de sofredores sem-terra, responsáveis pela agricultura familiar. Enganação total: os Censos Agropecuários de 1995/1996 mostram que a agricultura familiar caiu de 22,5% para 20% em grãos; de 42,2% para 36,1% em horticultura; de 73,2% para 48,7% em mandioca; de 23,7% para 19,5% em batata; de 19,8% para 0,5% em algodão; de 14,4% para 8,0% em laranja; de 86,3% para 74,0% em fumo. Só aumentou de 4,3% para 4,5% em cana-de-açúcar (cultura de latifúndios); de 4,8% para 8,5% em silvicultura (cultura de latifúndios). A verdadeira propriedade familiar que dá certo é a que utiliza tecnologia e tem responsabilidade em produzir para colocar alimentos na mesa do brasileiro. A propriedade familiar de subsistência está fadada a viver de Bolsa-Família e sustentar plataformas eleitoreiras e embusteiras. Quem paga a conta, no final, é o sucesso dos que trabalham, de verdade, no campo.

Foi com trabalho privado que os brasileiros, sem qualquer apoio oficial, já se transformaram no maior rebanho do planeta e maior exportador de carne de gado. É grande produtor de frangos e suínos. Agora, vem chegando a vez dos ovinos e caprinos, depois de 500 anos de inglória, de luta inútil, de sobrevivência beirando à insanidade, no Nordeste seco e nos pampas gaúchos.

O Nordeste sacolejou, fez soar as trombetas de um novo tempo, transformou a criação de fundo-de-quintal em um grande negócio. De carneiro de tostão, houve alguns que passaram do milhão! Em menos de 20 anos, os ovinos e caprinos entraram na pauta do agronegócio no país inteiro.

 

 

 

Sucesso? Vitória? Sim, mas o preço continua muito alto. Os produtores continuam lutando contra tudo: não há vacinas, nem medicamentos, nem insumos, nem alimentos adequados. A tecnologia vem sendo descoberta a passos de tartaruga. Há males que surgem das chuvas, há doenças jamais vistas, há questões genéticas, há a intrusão nefasta do governo proibindo o que jamais deveria proibir. O Governo ajuda muito pouco, mas é ótimo para punir, atravancar, atrasar. O setor acadêmico continua defasado, sem livros adequados, as pesquisas insistem em não sair das gavetas.

Os dados do IBGE são uma farsa descarada, pois até hoje os fazendeiros relutam em informar quantos animais possuem na propriedade. Assim, o rebanho brasileiro de ovinos e caprinos é francamente fantasioso, podendo ser o dobro, ou mais. A indústria de medicamentos não investe no setor, explicando que o rebanho é muito pequeno, segundo o IBGE e, por isso, não vale a pena. Prejuízo para o produtor; prejuízo para a nação.

 

u Dia do Fico - Finalmente, São Paulo entrou na briga e fez surgir a FEINCO. Ali se reúne um mundo de heróis, todos os anos. A grande festa é o termômetro do que acontece no país. Em 2011 houve até campanhas contra a Feinco, pela Internet. Aparentava que seria uma tragédia. Correu a notícia de que seria a última festança dos paulistas, afiançada por vozes de respeito.

Enfim, abriram-se os portões, em água morna. Palestras, julgamentos, mais de 4.000 animais presentes. Em 2011, a agitação foi  dos negócios. Os frigoríficos, pela primeira vez, entraram em cena. A Rodada de Negócios apresentou 10 frigoríficos, comprando e vendendo. A matéria está nesta edição.

A Feinco mostrou que o setor enfrentou o duro momento e que saiu vencedor. Deixou claro que haverá ainda grandes pelejas pela frente, pois briga boa é briga grande, segundo os guerreiros históricos. No final, será uma estrondosa vitória do setor privado, como foi da soja, da cana, da carne de gado. No final da Feinco, caminhões saíram lotados para fazer entregas em todos os Estados. Nunca se venderam tantos animais, no boca-a-boca, nas baias. Os nordestinos deram um show: compraram mais de 200 animais! Sinal de que pretendem ocupar um espaço na modernidade, seguindo as tendências de produzir carne dentro de regras internacionais. O Nordeste divulgou sua Fenagro, seu Fórum Brasil-Espanha, seu Sincorte e muitas outras iniciativas, como a nova raça Soinga. Vários países fizeram compras. Caravanas chegaram de várias partes. A festa, que seria a última, provou ser apenas um marco inicial.

A Feinco 2011 foi o "dia do Fico" - o dia em que os paulistas confirmaram que vão continuar fazendo a grande festa.

Para corroborar o dito, a FEINCO, no correr da festa, estudou o programa para fazer, de fato, a Festa Número UM, em 2012 - com programação ousada, necessária para a caprino-ovinocultura brasileira. É assim que se forjam os guerreiros. Enquanto a caravana passa e os cães ladram, achando-se donos do universo, os heróis verdadeiros estão na luta. Se a Feinco já era uma grande festa, imagine como será a "Número UM".

A Feinco mostrou que vale a pena investir em cordeiros e cabritos! Nesta edição está uma visão geral do que foi a grande festa.






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