A Feira Internacional de Caprinos e Ovinos hoje considerada a vitrine da cadeia produtiva do setor, transforma São Paulo na capital mundial da caprino-ovinocultura, por alguns dias.

Foram mais de 100 eventos paralelos.

Foram mais de 4.000 animais das raças mais importantes de produção (Santa Inês, Ile-de-France, Suffolk, Merino Australiano, Bergamácia, Romney Marsh, Border Leicester, Lacaune, Karakul, Texel, Dorper, Poll Dorset, Hampshire Down, Crioula, Boer, Saanen, Alpina, Anglo-Nubiana, Toggenburg, entre outras).

Além de 180 empresas, mais de 250 criadores se apresentaram numa área coberta de aproximadamente 40.000m², mostrando todas as tendências do mercado que mais cresce no Brasil.

A caprino-ovinocultura é uma das mais antigas atividades do Homem, datada de 5.000 anos antes de Cristo. Povos da Mesopotâmia, dos vales, montanhas e desertos do Crescente Fértil, já criavam ovelhas, bem como chineses e tribos da África. Os rebanhos persistem até hoje, desde minguados grupamentos no Oriente até as mais modernas criações nos desertos da Austrália, dos Estados Unidos e outras regiões do planeta.

Recinto lotado, com mais de 4.000 animais.

No Brasil, a criação encontra-se em plena expansão, embora muita gente imagine que a atividade é nova, por ter sempre ocupado um magro espaço na imprensa. Muitos até pensam que não passa de modismo, mas já representa muito dinheiro.

Analisando a ovinocultura do país em várias regiões encontram-se várias situa­ções, tipos de exploração e oportunidades de gerar emprego com a atividade. Já existem profissionais que vivem da caprino-ovinocultura como professores de universidades, técnicos de registro, juízes, zootecnistas, veterinários, empregados rurais, cabanheiros, técnicos agrícolas e comerciantes de caprinos e ovinos. Há os fornecedores de equipamentos e insumos diversos.

É a cadeia formando-se e solidificando-se como atividade pecuária séria. Para muitos, a caprino-ovinocultura é uma paixão, para outros a melhor forma de investimento na pecuária. Os criadores costumam dizer que dos caprinos e ovinos só não se aproveita o berro, mas até nesse ponto, a atividade é sortuda, pois tem a revista O BERRO, da década de 1970, que impulsionou e continua na vanguarda de tudo que acontece no setor. Em caprinos e ovinos, o Berro vale muito, sendo o carro-chefe na divulgação da atividade.

As mais importantes raças do Brasil estavam representadas.

Assim, de Berro em Berro, as aptidões desses animais para a produção de leite, lã, carne e pele são cada vez mais exploradas. A Feinco é um atestado de que vale a pena investir em uma atividade que está principiando, mas que já é tão completa.

Na Feinco 2011 foram muitas inovações. Uma delas, já pensada nos anos anteriores, foi implantada - agora - com certo receio. Antes, a festa começava no sábado, inaugurava no domingo e se estendia até o final do sábado seguinte. Agora, o objetivo é economizar o tempo do produtor rural, para a própria família e seus negócios. A exposição ocupa apenas o tempo da segunda-feira até sexta à noite. Assim, o produtor tem o sábado inteiro e o domingo para retornar e colocar a vida rural em ordem. Pensava-se que seria uma queda no brilhantismo, mas foi o oposto, os criadores só ­co­me­çaram a fazer negócios, nas baias, a partir da quarta-feira. Isso quer dizer que o evento, no futuro, ainda poderá encurtar um outro dia, começando apenas na terça-feira.

Como conciliar toda a pauta em tão poucos dias? Ora, os criadores, estudantes, visitantes não assistem tudo: cada um tem suas preferências. No final, o recinto permanece lotado, em todas as áreas, ao mesmo tempo. Exemplo: os compradores de leilões chegam somente na hora daquele evento já previamente escolhido. Eles não querem saber de outros eventos, no momento. Chegam, compram, e vão embora.

Nas baias, as vendas começaram na quarta-feira, foram esquentando e, no último dia, sexta-feira, foi um corre-corre, todo mundo querendo comprar. Todos sabiam que não daria para comprar depois do encerramento! Pode-se afirmar que 70% das vendas aconteceram na 5a. e 6a. feiras.

l Cozinha interativa - Iniciativa da Savana, de Robson, a Cozinha é uma grande atração. Agora, atende os interesses de cada raça, fazenda degustações de carnes especiais. Em 2011, a mais marcante iniciativa foi a degustação de carne da raça Soinga. A carne foi transportada do Rio Grande do Norte para o grande momento.

A equipe tem merecido elogios a cada ano que passa. Não se encontra uma cozinha tão eficiente nos melhores países. Já faz parte das ferramentas da Feinco, à disposição dos criadores e expositores.