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A roda está inventada

- 03/08/2011

A tecnologia de automatização da produção de carne começou no final da década de 1970, na Europa, ganhando velocidade na década de 1990. Continua sendo um setor revolucionário, possibilitando a oferta de carne mais segura no mundo inteiro. Antes, um frigorífico podia abater 400, 1.000 animais por dia, mas hoje pode chegar a 20.000, 30.000 - significando muito mais carne e gerando muito mais empregos na cadeia produtiva. É um progresso que veio para ficar, produzindo carne de melhor qualidade e maior economicidade.

O Brasil, que sequer possui uma estatística verdadeira de seu rebanho de ove­lhas, está longe de chegar perto da eficiência produtora dos grandes países: Nova Zelândia, Austrália, Estados Unidos, e outros. A automatização exige que a cadeia produtiva esteja organizada para evitar quebras no processamento. De nada adianta construir frigoríficos se não há uma cadeia de produtores funcionando adequadamente para manter o fluxo de animais para abate.

No momento, pitorescamente, o sistema mais eficiente de abate ainda é o clandestino que, em última análise, sempre está na porteira, comprando mais de 85% da produção. Enquanto o Brasil patina, tentando descobrir caminhos, os grandes frigoríficos do mundo lutam para ganhar espaços no mercado, melhorando o prato de milhões de pessoas. Verifica-se uma luta intensa entre frigoríficos da Austrália, Nova Zelândia, Inglaterra, Estados Unidos, etc.

 

u Brasil - Por outro lado, o Brasil vive um momento eufórico, pois o Uruguai preferiu vender sua carne de cordeiro para países mais ricos, liberando o mercado brasileiro para os produtores locais, levando a uma disparada de preços. Este é um momento histórico que precisa ser bem aproveitado, pois não irá durar para sempre. É hora de colocar a casa em ordem, multiplicar os rebanhos, integrar os ­núcleos produtores, estabelecer pequenos, médios e grandes frigoríficos em locais estratégicos, implantar curtumes, avançar sobre o comércio internacional.

A produção de cordeiro, no mundo, é feita com terminação a pasto, mas - no Brasil e outros países tropicais - isso será difícil de ser conseguido, pois o clima quente e úmido favorece o parasitismo e outras dificuldades. Enquanto não houver solução para as doenças tropicais, o melhor é fazer a terminação em confinamentos. Já acontece o mesmo na pecuária de gado, havendo mais de 1.000 confinamentos em ação, reunidos em uma única Associação (Assocon).

A Argentina já foi grande produtora de cordeiros e está querendo retornar. O próprio Rio Grande do Sul já teve 14 milhões de cabeças, caiu para 3,5 milhões, mas já vai dando mostras de querer retor­nar ao brilhantismo de outrora. O potencial existe e é de quem chegar primeiro.

Assim, nada precisa ser inventado! A roda está inventada, em todos os ­aspectos, dentro e fora da porteira. A obsesssão de mostrar o produtor de carne como um tabaréu, ignorante, caipira e refratário a novas tecnologias é uma pulha imposta pelos que vivem da inércia do setor. É a indústria da inércia, comum nos bastidores governamentais! O que move as pessoas é o desejo de sucesso: havendo possibilidade de ganhos compensadores, as pessoas implantam as inovações necessá­rias - essa é a realidade eterna.

O progresso na Nova Zelândia, exemplo para o mundo inteiro, foi feito a partir da integração de produtores e frigoríficos, funcionando como cooperativa, em que os produtores recebem cotas de acordo com a quantidade de animais entregues e classificados. Além de receberem o valor dos produtos, automaticamente, classifica­dos por computadores, irão receber no final do ano, dividendos das operações do frigorífico no mercado mundial! Todos ganham pela eficiência particular. O ­frigorífico, portanto, tem o papel de estimular os produtores, cada vez mais, como empresa moderna, para manter seu esquema funcionando. A automatização pode derrubar 50 empregos na área mecanizada, mas abre 500 ou 5.000 nos demais setores: embalagem, transporte, comércio internacional, transportes, etc. É um grande negó­cio.

 

 

 

 

u Avanços - Cada setor ou núcleo de produtores pode ter seu próprio sistema de abate. No Canadá é um caminhão-frigorífico, em outros países pode ser um minifrigorífico, um médio ou grande - todos com alta tecnologia.

Na Dinamarca, França, Alemanha, Rússia, e muitos países além dos citados, estão sendo realizadas pesquisas para melhorar a produção de carne, por meio de robôs. A tecnologia básica está pronta, só esperando para ser implantada no ­Brasil, quando tiver um rebanho e uma cadeia produtora compatíveis. Não há necessidade de inventar nada! Os outros países já estão inventando para os brasileiros!

A busca de eficiência exige mais e mais informação. A nova cultura é feita por meio de informação - nada mais que isso. O produtor de carne precisa estar informa­do, para poder entrar, participar e lucrar com o advento de um mundo novo. Não existe outro caminho para o progresso a não ser pela informação. Por isso, o in­vestimento fundamental é na educação, na cultura das pessoas.

A revista O Berro vem mostrando a pujança da produção de carne, por meio de avanços tecnológicos no mundo, dentro e fora das porteiras, para estimular o surgimento de empresários decididos a ocupar o posto de timoneiros de um novo tempo nesta atividade que tem um fantástico horizonte.

Em cada edição, um mundo de informações sobre produção de carne - um mercado que pode levar o rebanho a mais de 200 milhões de cabeças, como já é comum no gado em geral. O mundo espera a ação dos brasileiros.






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