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Hora da Caça

- 14/11/2011

O ano de 2011 vai se fechando, tendo mostrado grandes realizações positivas para a caprino-ovinocultura: houve Feinco, a GranExpoES, a Expointer, a Expo Fortaleza, o Sincorte e ainda outras exposições vão brilhar.

As raças vão assumindo posições: Santa Inês, Dorper, Suffolk, Texel, Hampshire, Ile-de-France, há um despertar para o futuro que se mostra francamente risonho para todas as raças.

Neste ano, a revista O Berro está salientando a mais alta tecnologia do planeta e vem deixando claro que cada país defende, ardorosamente, seu patrimônio genético. A Inglaterra, os Estados Unidos, a Austrália e a Nova Zelândia estão repletos de minúsculas raças “nativas”. Também estão a todo vapor fabricando raças sintéticas ou compostas. Os países não estão engessados em raças puras, mas sim nos produtos que estas raças podem gerar lucrativamente.

Por isso há uma profusão de nomes: Tefrom, Suftex, Dortex, Texdale, Romdale, etc. - sempre indicando produtos em pesquisa. Os países, então, indicam o caminho a ser seguido: as raças precisam provar que valem a pena, rigorosamente, por meio de seus produtos cruzados! O valor está no prato e não apenas na exposição!

Assim, a exposição mantém seu valor, como vitrine de alta genética, mas o mercado produtor de carne quer mais, muito mais. Quer ver, apalpar, medir, cordeiros lucrativos, produzidos por acasalamentos programados e documentados a cada geração.

Nesse momento, pergunta-se: quem fará isso, no Brasil? Já há entidades suficientes para cuidar das vitrines de alta genética, como nos demais países. Faltam, porém, as entidades para cuidar da produção, a exemplo do que acontece em todos os demais países. Estas entidades promovem a tecnologia dentro das porteiras e segue a produção até chegar nas gôndolas de muitos países. É união de esforços entre todos os campos de produção.

 

u Acordar - O Brasil tem espaço, gente, tecnologia e mercado interno sufi­cientes. No mundo real, porém, continua faltando uma, ou muitas locomotivas para a atividade. O gado teve sua hora da caça e descobriu seus padrinhos; o frango e o suíno também; mas onde estão os padrinhos das ovelhas e cabras?

É hora de cutucar governadores, senadores, empresários e pessoas influentes, pois a atividade está crescendo vertiginosamente e vai gerando milhares, que logo serão milhões de empregos - algo muito importante na carreira de alguns políticos.

Pergunta-se: onde estão os políticos gaúchos? A atividade teve 14 milhões de cabeças, caiu para 4 e vai subindo, podendo chegar a quase 60 milhões, ocupando os vastos territórios, gerando renda e empregos como jamais visto. O Estado tem a maior exposição do país, mas o setor de ovinos e caprinos é tacanho no recinto! Cadê a grandeza histórica da atividade que retrocede à ocupação das terras no período colonial? Muito tem sido feito, mas é pouco diante da pressa do Brasil e do mundo.

Pergunta-se: onde estão os políticos nordestinos? A atividade sobreviveu a muitas secas e à caça, com dezenas e dezenas de raças nativas, como em qualquer país. Mais de um milhão de propriedades têm algo a ver com cabras e ovelhas. Ali estão 92% dos caprinos e 62% dos ovinos, mas não há uma política coerente, eficaz, de inclusão da atividade num mercado que garanta bem-estar social e dignidade para o cidadão rural. Muito tem sido feito, mas é pouco diante da pressa do Brasil e do mundo.

Pergunta-se: onde estão os políticos nortistas? Saem dali as maiores exportações de gado em pé, enquanto os países do Oriente Médio gostariam de adquirir milhões de ovelhas, cordeiros e carneiros. Bastaria implantar um sistema produtor de ovinos na região, voltado para exportação e para o mercado interno. Muito tem sido feito, mas é pouco dian­te da pressa do Brasil e do mundo.

Pergunta-se: onde estão os políticos do Centro-Oeste? Acontece ali a mais expressiva maratona de exploração de terras, com alta tecnologia, deixando milhares de pequenas glebas que poderiam produzir muita carne ovina e caprina. Muito tem sido feito, mas é pouco diante da pressa do Brasil e do mundo.

Nos últimos tempos, a área plantada do Brasil cresceu apenas 27%, mas a produção aumentou 273%. Antes, um agricultor produzia para 73 pessoas; hoje já atende 155. O potencial produtivo, então, é imenso, mas o potencial de miopia política, também. Cerca de 71% do território brasileiro está imerso em áreas protegidas, intocáveis, enquanto que a média mundial é de apenas 12%. Mesmo assim, a produção de carne nas áreas já ocupadas pode acrescentar um formidável exército de cabras e ovelhas, bem como de frangos e suínos, para atender à fome mundial.

Assim, a ovelha e a cabra são ferramentas de grande poder político. Por isso, é hora de caçar os políticos, autoridades e empresários, que vão registrar seu nome na História. Pessoas que vão além das minúsculas ideologias sociológicas e ambientalistas que cerceiam a produção; pessoas que colocam o homem rural como herói por sua incrível teimosia em continuar produzindo alimentos para seus semelhantes e para o mundo.

É hora da caça!

 






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