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Vegetais na guerra contra os vermes

Autor: Hévila Oliveira Salles - 05/04/2012

 

 

 

O uso de proteínas dos vegetais é uma alternativa orgânica

para controle de nematoides que vai ganhando terreno

nas pesquisas, sistematizando conhecimentos tradicionais.

 

 

A verminose é o principal problema sanitário da criação de pequenos ruminantes, causando sérios prejuízos, pois provoca a redução da produtividade do rebanho e mortalidade de animais, principalmente de animais jovens. Agravando ainda mais esse cenário, o uso indiscriminado de vermífugos ao longo dos anos resultou na atual disseminação de resistência parasitária, dificultando o controle das parasitoses gastrintestinais.

Buscar alternativas para driblar essa situação tem sido a luta de várias equipes, incluindo a da Embrapa Caprinos e Ovinos. Com esse objetivo, o grupo de pesquisadores das áreas de parasitologia e bioquímica de proteínas reuniu a experiência de campo com os vermes aos ensaios bioquímicos com extratos e frações proteicas de várias espécies vegetais.

A abordagem do estudo realizado pela Embrapa Caprinos e Ovinos é nova. Todos os testes com plantas, na literatura têm buscado um vermífugo para uso nos animais, ou seja, para uso oral, procurando eliminar o parasita adulto que vive no sistema gastrintestinal dos pequenos ruminantes.

Os pesquisadores da Embrapa  buscam um nematicida verde para uso no solo, capaz de eliminar do solo as formas de vida livre do parasita e, com isso, eliminar a fonte de infecção no ambiente. Essa abordagem nunca foi testada na literatura para nematoides de ruminantes, apenas para nematoides de plantas, daí o ineditismo da pesquisa.

As plantas em estudo são: Ricinus communis (mamona); Ipomoea asarifolia (salsa); Moringa oleifera (moringa); Caesalpnea ferrea (jucá); Enterolobium contortisiliquum (orelha de macaco); Crotalaria spectabilis  (crotalaria); Jatropha curcas (pinhão manso).

O controle botânico da verminose pode ser realizado no ambiente ou no animal, uma vez que o ciclo de vida dos nematoides é constituído por fase de vida livre no ambiente e fase parasitária no hospedeiro. Como mais de 95% da população parasitária encontra-se nas pastagens, o controle do parasita no am­biente torna-se uma excelente estratégia para quebra do ciclo de vida desses organismos.

Estão sendo estudadas proteínas vegetais com potencial para eliminar ovos e larvas de helmintos gastrintes­tinais. As proteínas detectadas como bioativas serão avaliadas quanto à resistência a altas temperaturas e diferentes pH, objetivando selecionar um material vegetal passível de uso no solo para o controle das fases de vida livre dos nematoides.

 

 

 

Caprinos na pesquisa antivermes, via proteínas vegetais.

 

 

O material vegetal com atividade nematicida pode ser usado na produção orgânica de pequenos ruminantes, reduzindo a dependência de produtos químicos. Extratos botânicos apresentam vantagens sobre insumos sintéticos por oferecerem novos compostos que os parasitas ainda não podem inativar, por serem menos concentrados, portanto, potencialmente menos tóxicos do que compostos puros; por serem derivados de recursos renováveis, logo sofrem biodegradação rápida, e por possuírem múltiplos modos de ação, tornando possível um amplo espectro de uso, enquanto retêm uma ação seletiva dentro de cada classe de patógeno.

O uso de proteínas vegetais mostra-se também como uma alternativa promissora para melhorar a integração entre a produção animal e vegetal na unidade produtiva, contribuindo para o reaproveitamento dos resíduos culturais na propriedade. Outro benefício é que o material vegetal deixado sobre a super­fície do solo pode oferecer um ambiente extremamente favorável ao crescimento vegetal, contribuindo para a estabilização da produção e para a recuperação ou manutenção das características e propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, de modo que sua qualidade seja melhorada.

O estudo de proteínas vegetais como alternativa para controle de nematoides em pequenos ruminantes é financiado pelo Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNDECI) do Banco do Nordeste (BNB).

 

Hévila Oliveira Salles - Pesquisadora da Embrapa Caprinos na área de proteínas bioativas.

Título original: “Proteínas vegetais: alternativa orgânica para controle de nematoides em pequenos ruminantes”

 

 






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