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Matérias



A FEINCO 2012 na hora da verdade

- 05/04/2012

As nuvens da Economia brasileira apontam para um horizonte

muito diferente do que apregoado pelos arautos governamentais,

de tal maneira que muitos empresários preferem o banho-maria,

aguardando um momento de maior claridade,

mas o otimismo continua firme nos currais de cabras e ovelhas.

 

 

A Feinco é considerada a vitrine da cadeia produtiva, transformando São Paulo na capital irradiadora de tecnologias e novidades. Com mais de 100 eventos paralelos, mais de 4.000 animais, 180 empresas e 250 criadores, a grande festa é, de fato, a mais pomposa do planeta, para o mercado que mais cresce na pecuária brasileira.

Depois de 500 anos de solidão, mergulhada na História do Brasil, a caprino-ovinocultura saiu para a luz. Os pequenos animais que povoam as páginas da Bíblia e dos mais sagrados livros das civilizações antigas agora fazem parte do cotidiano brasileiro, chegando à culinária de todas as cidades. O Brasil, ainda com um pequeno rebanho, desponta como celeiro natural para produzir muita carne, leite e peles para o mundo inteiro, tendo a obrigação de se transformar no maior rebanho do mundo - seguindo o exemplo dos bois e vacas que já estão presentes na mesa de milhões de pessoas.

 

 

 

Momento de acertar ponteiros.

 

Muita gente, porém, imagina que a criação de ovinos e caprinos é nova no país, por ter ocupado sempre um pequeno espaço na imprensa; outros pensam que é modismo adubado com dinheiro. O fato é que ovinos e caprinos são encontrados em todas as regiões brasileiras, enfrentando situações diferentes, mercados diferentes, gerando empregos e desenvolvendo tecnologia apro­priada. A cadeia produtiva vai se solidificando como atividade de muita seriedade, de enorme interesse para os pequenos e médios produtores. Para uns, pode ser até paixão, para outros pode ser investimento, mas para a maioria é uma necessidade de diversificação dentro da fazenda. Rapidamente todos aprendem que dos caprinos e ovinos tudo se aproveita, até o berro que é melodioso, romântico, nostálgico, símbolo de quietude e paz.

 

 

 

Público interessado, por todos os lados.

 

A caprino-ovinocultura caminhou muito bem, saindo do extremo Sul e extremo Nordeste para ganhar um contorno profissionalizante no Sudeste e Centro-Oeste onde - um dia - estará sediada a produção de carne para exportação. Por conta dessa imagem de euforia, o Agrocentro apostou na nova (velhíssima) atividade, investindo na Feinco, um majestoso empreendimento destinado a atrair a atenção do Mercosul e do mundo inteiro. Deu certo quando tudo eram flores, mas diante da sucessão de dissabores em um país que não mostra amores para com o setor empresarial rural, começou uma sequência de anos negros. A Feinco foi se sucedendo, amargando prejuízos, acreditando no futuro que voltaria a ser sorridente.

 

l Atualidade - Várias revistas internacionais já apontam a potencialidade brasileira na produção de carne de ovinos e caprinos, pressagiando um rebanho da ordem de 150 milhões de cabeças. Pelo comportamento brasileiro é fácil acreditar que, antes de possuir um rebanho de 50 a 100 milhões de cabeças, o país ainda estará no início da atividade. Parece muito? Nada disso, pois o IBGE tem divulgado números baixís­simos para o rebanho brasileiro de caprinos e ovinos, por adotar uma metodologia simplória e danosa para a atividade. Com certeza, no próximo Censo, o órgão fará as necessárias correções.

 

 

 

Boxes modernos, sem poluição visual, exemplo para todo país.

 

Em parte, por causa disso, muitos empresários urbanos relutam em investir; também grandes indústrias deixam de pesquisar e fornecer medicamentos adequados ao clima tropical. A ovinocultura de corte, portanto, tem caminhado sobre um terreno perigoso e movediço, por falta de estatísticas confiáveis. Mesmo assim, tem se saído muito bem, mergulhado num consumo que é aten­dido em 90% por carne clandestina.

No momento atual, diante da crise que assola as finanças da Europa, diante da fragilidade dos mercados externos, até a produção de commodities brasileiras pode sofrer um colapso, caso o Governo continue sem estimular os investimentos dentro das porteiras, de forma correta.

O momento econômico não tem permitido que as entidades consigam promover uma presença maciça de seus associados. Mesmo assim, todas as raças importantes estavam presentes.

O fato é que o discurso nas televisões é muito bonito, com governantes afirmando que o Brasil vai para frente, mas dentro das porteiras a realidade é bem mais dramática, cheia de contratempos. Há o Brasil real - do campo - e o Brasil da fantasia adubada em Brasília.

 

l Feinco-2012 - Muita gente afirmava que o ano de 2012 veria o final da Feinco (outros continuam pregando que será o final do mundo!). Também por conta disso, muitos deixaram de preparar seus rebanhos para a grande festa.

Abrindo as portas, a Feinco-2012 percebeu que o público visitante, querendo aprender sobre a atividade, não percebeu qualquer decadência. Houve menos visitas, sim, mas cada vez mais direcionadas ao foco. Somente criadores e frequentadores dos anos anteriores puderam afirmar que havia "menos mo­vimento", pois o público visitante continuava entusiasmado como sempre.

Mesmo assim, pode-se afirmar que houve, sim, um enxugamento do tempo ocioso. A Feinco-2012 começa virtualmente na 3ª feira para terminar na 6ª feira. É um dos eventos mais curtos do Brasil - e isso é uma grande vantagem, pois o moderno empresário consegue resolver tudo e ainda voltar para casa. Nesse aspecto, a inovação da Feinco tem sido muito elogiada.

 

 

 

Os estrangeiros estão se aproximando cada vez mais.

 

O público interessado flutuou, como sempre, entre 18 a 25 mil pessoas. Não é fácil, numa cidade como São Paulo, alguém procurar o bairro da Água Funda para observar carneiros e cabritos: vai quem quer e está realmente interes­sado.

Então a Feinco - a maior feira de recinto fechado no mundo - continua em pé, exibindo entre 3.000 a 5.000 animais. Ora, com tal cifra é maior que as maiores do país, em termos de animais selecionados.

A Feinco, portanto, é uma bússola, um gesto de enfrentamento, diante da pachorra governamental que não consegue consolidar a cadeia produtiva como acontece nos países de elevada produção de carne: Uruguai, Argentina, Chile, etc.

 

l A carne - Cabe lembrar que os Estados Unidos produzem 600 milhões de toneladas de grãos enquanto o Brasil chega a apenas 160. Também produz e exporta mais carne que o Brasil, com um rebanho muito menor. O Brasil tem vantagens em termos de território, mas aprende novas tecnologias a duras penas, pois a atividade não é “assumida” pelo Governo Federal.

Aqui reside o grande problema do meio rural tropical: a tecnologia. Os paí­ses do Hemisfério Norte conquistaram o mundo, em muitas ocasiões, mas nunca conseguiram dominar e fornecer uma tecnologia pecuária para os Trópicos. Houve dominação, sim, mas nunca um processo civilizatório. Coube aos habitantes locais, os nativos, desenvolverem tecnologias apropriadas para produzir vacas, cabras e cordeiros, com lucrati­vidade. Não há receita do Hemisfério ­Norte que caiba nos Trópicos. A Feinco mostra para o mundo inteiro que os brasileiros, até em ovinos e caprinos, estão dispostos a seguir adiante. A Feinco é uma bandeira!

 

 

 

Tecnologia de ponta à disposição do público e expositores.

 

A pecuária brasileira foi uma tragédia documentada desde os idos de 1850. Apenas 6.000 animais zebuínos provocaram a revolução e, hoje, o rebanho de 207 milhões de cabeças consegue ser o maior do planeta em escala comercial, embora com uma tecnologia baixíssima (apenas 5 a 7% de inseminação artifi­cial). O mesmo vai se repetindo na produção de carne de cordeiro: acelerado melhoramento genético, com animais cada vez mais maravilhosos brilhando nas exposições, mas a produção de carne - no campo - continua estacionada nos tempos de antanho. É preciso  acelerar o desenvolvimento, já!

Por isso, a Feinco é muito importante, ela ilumina o horizonte futuro. Assim como a raça Nelore, no início da década de 1980 assumiu a rédea do destino de toda a pecuária brasileira, a Feinco pode assumir a rédea da produção de carne de cordeiro.

"Estamos em ebulição, no Brasil" - comenta Francisco Pastor, diretor da Feinco - "com enorme demanda por carne e nós, brasileiros, não temos onde buscar, nem produzir no tempo necessário". De fato, os brasileiros consumi­riam, hoje, o rebanho de 10 anos! Isso quer dizer que "a ebulição funcionou". O consumo está acelerado, faltando apenas engrenar a produção dentro das porteiras.

“Temos que auxiliar o pequeno produtor, proporcionar linhas de crédito mais acessíveis com a intenção de facilitar a vida deles e com isso aproximá-los das associações e também dos grandes frigoríficos” - acrescenta Pastor. O caminho seria o mesmo que o adotado pela produção de frangos, granjas pequenas e ­médias, organizadas ao redor de um núcleo de beneficiamento. Fazer o que outros países já fazem, com sucesso.

 

 

 

Momentos de muita gente interessada para tão poucos dias.

 

Robson Leite, do Grupo Savana, envia carne para vários países, chegando a 150 toneladas por mês, ou algo como 10.000 animais. "Sou obrigado a importar 60% da carne para atender meus clientes, enquanto o Brasil não consegue se arrumar" - confessa. A carne vem do Uruguai, Chile e Argentina. "Claro que seria bem melhor se pudéssemos produzir aqui mesmo, bem mais perto" - finaliza. Muitos outros empresários, com grife própria, estão na mesma situação, esperando que a produção brasileira aumente.

A 9ª Feinco - Feira Internacional de Ovinos e Caprinos - manteve o foco: produção de carne de cordeiro e cabrito, leite e derivados de leite de cabra e ovelha, exportação e importação de carne e programas de incentivo ao produtor de diversos Estados e região. É a bandeira em ação, tremulando ao vento de um bom futuro.

 

l Negócios - Nos últimos anos a Feinco vem se ajustando à realidade do Sudeste/Centro-Oeste, com ausência de investidores nordestinos que estão enfrentando, em 2012, uma estiagem inesperada. Também o Rio Grande do Sul enfrenta estiagem, prejudicando o brilhantismo da Feinco. A Feinco-2012 abriu as portas como um retrato da incerteza. O mercado é francamente comprador de carne, mas não existe oferta suficiente. Isso provoca um certo estupor no mercado de animais de elite, levando os preços para baixo.

Mesmo assim, os negócios foram superiores ao imaginado. Aconteceram 5 leilões, sendo 3 da raça Dorper, outro de Anglo-Nubiano e um de Santa Inês. De acordo com o Banco de Dados do “Jornal de Leilões”, as vendas foram de 76% contra 71% da oferta de animais. Muito bom resultado, para o momento.

A receita geral foi de R$ 1.293.620 para a média geral de R$ 7.268, distribuída entre 180 lotes. Muito bom! O Dorper sustentou o faturamento, com 76% das vendas e 70% da oferta. Foram 115 fêmeas Dorper, com média de R$ 7.840. Apenas 9 machos somaram R$ 14.120 em média. Mais 3 prenhezes, com média de R$ 8.560. Os recordes foram de R$ 22.500 e R$ 30.000, no Leilão VPJ.

 

l Câmara Setorial - Dentro da Feinco aconteceu a 5ª Reunião da Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos. O então Secretário de Agricultura de SP, João de Almeida Sampaio, foi taxativo: “Os resultados melhoram a cada ano e demonstram a capacidade de superação e do total comprometimento de nossos criadores, produtores e de todos os elos desta cadeia. A Secretaria continua à disposição para que estas ações possam acontecer e também para que possamos atender as demandas de todo este potencial".

“Há hoje uma grande demanda, mas não conseguimos supri-la por não termos animais disponíveis para abate” - disse Gustavo Domingues, da Caprivales. Este é o principal problema da atualidade para o setor. Por falta de oferta de animais, os frigoríficos tentam estabelecer condições que viabilizem seu negócio e, muitas vezes, isso é prejudicial para os produtores que, então, preferem alternativas fora da normalidade. “É preciso existir maior entendimento entre os criadores, produtores e frigoríficos” - resume André Fleury e Robson Leite.

Finalizando, o diretor do Agrocentro, Décio Ribeiro do Santos, fez uma profecia sobre o futuro da caprinovinocultura no país. "Investir em qualidade é o caminho para o sucesso dos criadores de todo Brasil". É a voz da Feinco na hora da verdade!

 

l São Paulo na frente - A nova Secretária de Agricultura de SP, Mônika Bergamaschi, lembrava a necessidade de manter ativo o Serviço de Inspeção de São Paulo (SISP), seguindo todas as normas em vigor. Ao mesmo tempo, o público regional procurava informações sobre a rentabilidade da atividade na produção de carne, queijos, leite e pele, sempre com orientação do CIPOA-Centro de Inspeção de Produtos de Origem Animal.

Também o Instituto de Cooperativismo e Associativismo (ICA) esteve tirando dúvidas dos criadores, fazendo cadastros e divulgando as organizações já ligadas ao setor.

O FEAP - Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista intensificou a divulgação de suas linhas de crédito especialmente focadas na caprino-ovinocultura. Há dinheiro suficiente para infraestrutura, para melhoria de instalações, para beneficiamento, aquisição de reprodutores e matrizes, retenção de animais, etc.

São Paulo, então, está com todas as ferramentas disponíveis e lubrificadas para estimular os interessados na criação ou exploração.

 

l Sergipe brilhou - Arnaldo Dantas, presidente da ASCCO repetiu centenas de vezes: “Hoje, o Sergipe comercializa matrizes e reprodutores em todo Brasil e também no Exterior”. O ponto forte da atuação é o Programa de Melhoramento Genético de Sergipe com a raça Santa Inês, o mais avançado do país. Na Feinco-2012 foi lançada a 6ª edição do Sumário do Programa.

“Nós já estamos calculando DEPs há algum tempo e, em 2011, introduzimos a Avaliação de Tipo, ou seja, de características morfológicas. É um passo importante à frente na seleção da raça Santa Inês” - garante Arnaldo.

Sergipe já exportou muitas ­fêmeas registradas e sem registro para povoamento do Centro-Oeste e Sudeste, mas essa frase praticamente acabou.

Hoje, Sergipe dedica-se à produção e exportação de material genética de alta qualidade, com certificação de qualidade e provas zootécnicas confiáveis. “É a confiança no futuro”, lembra o presidente.

O programa de melhoramento é feito pela ASCCO e a USP, sob supervisão científica do Prof. José Bento (USP/Pirassununga). O 6º Sumário traz a avaliação genética de 10 características de alto interesse econômico, tais como: habilidade materna, peso aos 180 dias, ganho-de-peso, musculosidade, tropicalidade, etc. O programa é um exemplo para outros que já estão surgindo em várias regiões.

 

l O Pró-Berro da Bahia - Foi lançado no final de 2011, dentro do programa “Vida Melhor”, de grande alcance no Estado. É parte integrante do Programa de Melhoramento Genético dos Rebanhos Caprinos e Ovinos da Bahia, tendo sido elaborado pela Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), em parceria com várias entidades, incluindo o BB e o BNB. A meta é adquirir 10.000 reprodutores, com juros de 6% ao ano para repasse a interessados.

Diz Eduardo Salles, o Secretário de Agricultura: "Apesar de possuirmos o maior rebanho de caprinos e o segundo de ovinos, e de vencermos concursos nacionais e internacionais de qualidade em diversas raças, não possuímos um rebanho com padronização de carcaças, o que prejudica muito a comercialização”.

O presidente da ACCOBA, Teo Gesteira, afirma que “o Pró-Berro vai estimular, com certeza, o crescimento dos rebanhos, capacitando os produtores a melhor atender a demanda do mercado. A Bahia, com o maior rebanho brasileiro de deslanados, tem condições de ser o farol de um novo tempo”.

O investimento é de R$ 30 milhões, nos próximos 4 anos, para melhoramento genético dos rebanhos, com prazos de 24 meses e carência de 6 meses. Serão realizadas 15 a 20 feiras somente em 2012, para distribuição dos animais selecionados. A primeira acontecerá na ExpoCoité.

O estande da Bahia foi muito visitado, para divulgação do Pró-Berro que despertou grande interesse de outros Estados.

 

l Modelo brasileiro de produção - O empresário Robson Leite, do Grupo Savana, resume a modernidade com a frase: “Nós precisamos criar o modelo brasileiro de produção ovina”. Comenta que o Brasil comprava muita carne do Uruguai, mas agora já vem comprando do Chile e também da Argentina. Segundo ele, o mercado brasileiro vai ­continuar crescendo muito, sem ter condições internas de autoabastecimento e, então, provavelmente outros países irão fornecer carne ao Brasil, como a Nova Zelândia e Austrália. “Temos que acelerar a produção interna, mas isso não é tarefa fácil, pois o país é muito grande, com várias situações divergentes e uma burocracia ainda complicada. Só uma imediata desburocratização levaria ao sucesso” - garante.

 

 

 

A revista O Berro sempre cheia de interessados.

 

 

Otimismo? Total. Diz Robson: “Acredito que o Brasil será mesmo o grande celeiro da ovinocultura, pois temos território, gente interessada e cultura pecuá­ria. Temos tudo para atender o desejo mundial de oferecer mais alimentos para a civilização. Nós brasileiros podemos fazer isso. Precisamos apenas de um modelo de produção” - adianta.

“No momento, surgem muitos produtores, mas muitos não têm condições de ofertar carne de qualidade, pois ainda vivemos um período de utilização das fêmeas de baixa qualidade, do passado. Por isso há grande enfoque no melhoramento genético, nas exposições e leilões. É uma fase. Nós, empresários da carne, temos que comprar tudo que estiver sendo ofertado, para não quebrar a cadeia produtiva; é o preço do negócio” - lembra Robson.

 

l Espírito Santo em alta - Interessadas em aumentar o rebanho capixaba em mais de 350.000 fêmeas, autoridades estiveram presentes à Feinco-2012 para recolher tecnologias de interesse para o Estado. O Secretário de Agricultura, Enio Bergoli, divulgava a 6ª Exposição Nacional da Raça Dorper, durante a GranExpoES, quando também haverá a Copa Sudeste da Raça Santa Inês e Copa Sudeste de Cabras Leiteiras.

Já tendo o Programa Cordeiro Capixaba, o Estado pretende estimular pecuaristas e produtores agrícolas de frutas, geralmente famílias imigrantes (alemães, italianos, etc.) para a criação de cordeiros. O interesse é na produção intensiva de carne, para atingir regularidade de oferta com boa carcaça. “Por enquanto a carne ovina ainda é muito cara, mas logo estará em preços bem acessíveis”, garante Bergoli.

No Espírito Santo, cerca de 92% das propriedades possuem menos de 100 hectares, tamanho ideal para a criação intensiva de ovelhas. “Para atingir esse mercado, precisamos de uma tecnologia adequada” - afirma o secretário. No total, o Espírito Santo mobilizou 40 pessoas na equipe para atendimento e pesquisas durante a Feinco, incluindo criadores, profissionais de frigoríficos, técnicos governamentais, etc.

“A Feinco é o lugar para recolhermos tecnologias, informações e levarmos para nossa realidade local” - resume Enio Bergoli.

 

l Inglês ensina - Sem dúvida, o melhoramento genético das raças bovinas, ovinas e caprinas está muito ligado à Grã-Bretanha. Foi lá que, um dia, Bakewell escreveu as bases do melhoramento zootécnico para produção de carne. Todos seguiram os ensinamentos de Bakewell e o mundo passou a produzir carne em larga escala, inaugurando um novo período na história da humanidade, com mesa mais farta para todos.

Hoje, a Grã-Bretanha continua na dianteira da tecnologia de produção, tendo muito que ensinar.

A Feinco-2012 trouxe o especialista Tim Healy, presidente da empresa Basco - Beef and Sheep Co. para explicar como funciona a seleção genética para lã e carne.

Na Inglaterra, a Basco tem como parceiro um consórcio de várias associa­ções (Texel, Suffolk, Limousin, etc.) e mantém interesse em estabelecer um vínculo com entidades brasileiras privadas e governamentais.

Obviamente, dentro do acordo, haveria introdução de tecnologias britânicas sobre desempenho animal, além de importação de espécimes vivos. Pode ser um bom início de relacionamento entre “o maior centro de genética mundial” e “o maior território para expansão da produção de carne”.

 






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