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Uma bandeira da cidadania

- 07/12/2012

Segundo o economista grego Costa Azariadis, um país está mergulhado no chamado “círculo vicioso” quando a situação de pobreza convive com baixos níveis de investimento em educação, saúde pública, setores produtivos e infra-estrutura, além de altas taxas de mortalidade infantil e grande insegurança pública. Por outro lado, também o grande crescimento do número de pessoas pobres dificulta a redução da percentagem da população de baixa renda num país. A pobreza, então, além de um tormento, constitui uma armadilha e um engodo justamente para os mais necessitados.

Para escapar de uma situação aprisionante, ou asfixiante, seria preciso garantir um bom governo, mantendo a estabilidade institucional, para aumentar os investimentos em políticas públicas de educação, saúde e habitação. Boa coisa seria reduzir as taxas de mortalidade infantil e fecundidade, bem como promover aumentos na longevidade e no percentual da população em idade ativa.

Dizem estudos de Economia que, para a redução do número de pessoas que sofrem com a falta de alimentos à mesa, atitudes devem ser tomadas, simultaneamente, em três áreas:

- redução relativa do preço dos alimentos;

- defesa do meio ambiente;

- efetivação dos direitos humanos de maneira plena, indivisível e universal.

 

 

 

 

A ovelha enrolada na bandeira significa sucesso. (Foto: grupochapeco.com)

 

 

As mudanças econômicas, políticas e culturais podem, então, permitir a passagem do círculo vicioso para o círculo virtuoso do desenvolvimento humano e ambientalmente sustentável. É uma questão de querer, de ter vontade, de ter consciência política, evitando atrelar qualquer mudança ao voto. De nada adianta distribuir Bolsas para os pobres, tendo em vista apenas “comprar” o voto fácil. As Bolsas de auxílio jamais deveriam estar atreladas a um partido político, ou a um governante de plantão. Deveriam, sim, estar atreladas à própria Constituição, escapando do sabor eleitoreiro e garantindo seu uso no progresso das pessoas, independente de qualquer governante.

 

Cabra & Ovelha - A criação de pequenos ruminantes em pequenas e médias propriedades é uma opção que preenche os requisitos de um bom plano econômico. Afinal, elas somam 83% dos estabelecimentos rurais. Por que os governos fazem de conta que não enxergam essa realidade tão óbvia? Entra um governo e constrói algo; entra outro e destrói o que estava feito: assim tem sido o progresso aos trancos e barrancos, ao sabor das campanhas eleitorais, favorecendo um ou outro político, um ou outro partido, mas pouco se interessando pelas necessidades das pessoas dentro das porteiras. O homem rural, principalmente o sertanejo, vai se convertendo em um pária, quando comparado com o atendimento dado ao homem urbano.

O “acesso ao progresso” é um dos maiores entraves num governo. As pessoas querem progredir, mas os espertalhões ao redor do trono tentam sempre atrelar qualquer progresso ao voto, o que é muito prejudicial às pessoas simples e à economia da nação. Grandes fortunas desaparecem no ralo da corrupção e de obras inúteis.

Acostumando-se ao vício, as pessoas tornam-se pouco ambiciosas e pouco produtivas, não se importando em serem apenas um “peso morto”, consumindo grandes recursos do Tesouro Nacional, sem esperança de vida melhor a longo prazo.

Caso a população carente tivesse acesso ao progresso, importar-se-ia com o quê? Sem dúvida, com a saúde, educação, segurança e a continuidade do progresso familiar. Para tanto, o suor derramado numa propriedade rural precisa ser gratificado como em qualquer grande nação, para não ser reduzido a um pária. Nos grandes países, todo habitante rural tem direito a uma bonificação somente por estar lá, trabalhando e produzindo tão longe do mundo civilizado.

O fruto da terra, não tendo escoamento lucrativo, torna em vão o suor para produzir. Deixando o setor rural ao deus-dará, surgem milhares de intermediários e espertalhões, prejudicando a produção, como aves de rapina.

Todas as civilizações tornaram-se fortes justamente por ter estimulado, sempre, uma população satisfeita no campo. As nações poderosas sabem que, sobre a produção de alimentos germina, com certeza, um povo feliz.

A bandeira da Cabra & Ovelha nas pequenas e médias propriedades, principalmente no Semiárido e no Extremo Sul, constitui uma visão de bem-estar social. Além de resultados econômicos, representa a dignidade e a justiça que fazem falta e deveriam figurar até na bandeira nacional. Não pode haver um país feliz e justo convivendo com milhões de propriedades recebendo tão menos que as cidades.

A modernidade mostra que a criação de Cabra & Ovelha é o mais atual ensinamento cívico para um país como o Brasil. Uma ação de cidadania, de verdade.






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