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O caminhão-frigorífico

- 07/12/2012

O minifrigorífico e o caminhão-frigorífico poderiam acelerar a caprino-ovinocultura no Brasil, como já aconteceu em vários países.

 

 

Visando encontrar meios para o escoamento dos animais abatidos, o produtor tem buscado alternativas para se esquivar do abate clandestino (a fim de fortalecer a cadeia produtiva), mas também valorizar seu produto por meio de cortes especializados e diminuir os custos do transporte de borregos terminados.

Muitos países encontraram um meio, ainda em teste, que parece ser mais uma das saídas com o objetivo de agregar valor aos produtos e fortalecer a criação em cada região. O primeiro caminhão-frigorífico começou a funcionar em 2002, com o nome de “Trivan Truck”.

 

l Nos Estados Unidos - As quatro maiores empresas da indústria da carne nos Estados Unidos respondem por uma parcela significativa do abate de carne bovina, suína e de cordeiro. Desde 1980, houve uma queda de 35% no número de instalações inspecionadas de abate pelo USDA (United States Department of Agriculture – Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Em alguns estados, os produtores possuem poucas opções para realizar o abate inspecionado e, então, os animais são vendidos vivos (para abates clandestinos) ou transportados por longas distâncias para que possam ser abatidos.

A maioria dos locais inspecionados possui limitações significativas para o abate, não atendendo pequenos produtores não cooperativados, sendo preciso um maior número de animais para que seja viável para o frigorífico. Ademais, algumas instalações não processam cordeiros e, se o fazem, não disponibilizam cortes especializados.

 

l Tendências alimentares - Como há uma demanda crescente por carne que é produzida de forma específica, a única maneira de explorar o mercado é ter acesso a abates inspecionados e ao processamento. Uma forma de possibilitar que produtores de pequena e média escalas possam aumentar seus rendimentos e fazer da criação uma atividade economicamente viável seria a implementação de um caminhão-frigorífico.

Por ser uma unidade de abate autossuficiente que pode viajar de local para local, o caminhão-frigorífico seria uma saída que contemplaria os requisitos necessários para o fortalecimento local da produção.

 

l Vantagens - Principais vantagens:

l Produção de forma mais humanitária: os animais não têm que viajar por longas distâncias para o abate, o que diminui as situações de privação de água e comida;

l Carne de melhor qualidade: a tensão no momento do embarque é significativamente reduzida;

l Tipo de abate mais aceito pelos consumidores.

Mesmo com muitas vantagens, existem os desafios, já que o caminhão-frigorífico é sujeito às mesmas normas reguladoras que os frigoríficos, requerendo a existência de água potável, eliminação de resíduos provenientes do abate e currais como sistemas para manuseio.

As limitações de espaço também podem dificultar o processamento inicial e a refrigeração. A distância viável a ser percorrida, o clima e as condições das rodovias e das fazendas também devem ser levadas em consideração para a escolha desse sistema.

 

l Abatedouro móvel - No caso específico do abate de cordeiros e cabritos, o espaço não se faz limitante em função do próprio tamanho da carcaça e também do processamento que pode ser mínimo, em se tratando de clientes que adquirem a carne para fins religiosos (étnicos) e também do mercado existente para carcaças inteiras de ovinos e caprinos.

 

 

 

O supercaminhão “faz-tudo”.

 

 

l Custos - Um caminhão-frigorífico é dispendioso na construção, mas ainda mais barato que um abatedouro fixo. Nos Estados Unidos, o valor estimado é de R$ 385.000 até R$ 500.000, podendo se tornar mais oneroso a fim de se cumprir os regulamentos locais, estaduais e federais.

 

l Financiamento - O Poder Público atua visando um benefício social de seu investimento, como: fortalecer a infraestrutura local de alimentos, gerar empregos, agregar valor ao produto abatido e revitalizar a indústria pecuária da região.

No caso do financiador particular, o investimento seria realizado como um plano de negócios, sendo que o caminhão-frigorífico, operando com capacidade total, permite o retorno do investimento entre 5 a 20 anos, com atividade equilibrada.

 

l Viabilização - Uma saída interessante encontrada para driblar as desvantagens das unidades móveis de abate é a combinação de módulos. Além do caminhão oficial do Departamento de Agricultura, existem caminhões para cada atividade:

l abate e refrigeração inicial;

l armazenamento temporário e realização de cortes;

l tratamento de resíduos.

 

l Capacidade - O caminhão pode abater 10 bois, 24 porcos ou 40 ovinos por dia, com dois profissionais. Pode trabalhar também com apenas um único profissional, em momentos de entressafra. A câmara frigorífica pode armazenar 2.700 kg de carcaças. É o volume calculado de dois dias antes de retornar para a base.

 

l Considerações finais - Os caminhões-frigorífico, ou unidades móveis de abate são uma solução rápida para o processamento de carne em pequena escala, podendo se adequar a algumas situações específicas. As parcerias público-privadas devem existir para tornaram o investimento economicamente viável, além do interesse dos produtores em fomentar essa ideia e poder atender a demanda necessária para o funcionamento do caminhão-frigorífico.

A existência de uma alternativa como essa seria um grande impulso para o fortalecimento das criações regionais no Brasil. Através do associativismo, o financiamento para a compra de um caminhão-frigorífico para atender aos criadores associados poderia gerar renda e garantir a viabilidade econômica da atividade para todos.






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