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A barba dos faraós e a influência do caprino

- 14/04/2013

 

As ilustrações estão em centenas de sítios arqueológicos, mostrando os faraós e grandes homens de antigamente com a barbicha que era obtida por meio do Lábdano oriundo dos caprinos.

 

O óleo de Labdanum (ou Lábdano) estava presente em todo Oriente Médio, Egito, Israel, Mediterrâneo, sendo muito citado nas mitologias. Tinha um ar sagrado e misterioso. Também era medicamentoso. Era tão precioso como uma rosa, devido aos muitos usos.

A resina do Lábdano bem como o óleo entram na produção do incenso chamado “ketoret”, usado na Bíblia. O “ketoret” não podia ser queimado em qualquer finalidade mundana. Na Bíblia grega, a resina de Lábdano recebe o nome de “ônica”. Na Bíblia hebraica, esse ingrediente recebia o nome de “Shecheleth” (pronúncia: “xexelet”), que significa “rugir como um leão”. Alguns estudiosos afirmam que esse nome indicava o rugido de dor, ou insatisfação, quando alguém tentava extrair o Lábdano da barbicha, ou dos pelos, das cabras.

A palavra “Shecheleth”, em aramaico, significa “da cor de ônix” (preto), que é a cor da resina Lábdano. Na língua siríaca, significa “transpirar, separar em gotas”, sugerindo uma secreção resinosa da planta. O sertanejo nordestino importou a palavra “xexelento” para indicar uma superfície coberta por resina, ou sujeira.

 

Onde entram as cabras nesta história?

 

A resina chegava ao ponto certo, quando grudava em qualquer coisa. Os pastores perceberam que as barbichas dos bodes e das cabras ficavam mais firmes, quando lambuzadas pela resina daquela planta.

Heródoto e Plínio relatam que o Lábdano era coletado ao lavar as barbichas das cabras, que foram impregnadas com a resina de certos arbustos (cistus). Após o retorno das cabras, os proprietários penteavam suas barbas para extrair a resina com um pente especial.

Surgia um novo e importante mercado: os pastores começaram a raspar esta preciosa resina da pele das cabras e a vendiam para os comerciantes nos mercados do Egito, Grécia e Turquia, entre outros. Havia um grande mercado para embelezar barbichas, costeletas, topetes e perucas.

 

Faraós - Os faraós sempre eram retratados com uma barbicha, para indicar uma ligação com a divindade: a barbicha tinha o mesmo perfume do incenso sagrado que pairava no ar. Para conseguir fixar essa barbicha era feita uma infusão de pelos de caprinos com uma solução de lábdano. A imagem do faraó, geralmente o apresentava com os braços cruzados sobre o peito, com uma mão carregando um cajado. Sempre ostentava, orgulhosamente, a barbicha presa com o uso de  lábdano.

Essa barbicha falsa era um símbolo da “linhagem real” do faraó, com autoridade e capacidade para manter a ordem divina, não só dentro do estado, mas no universo como um todo. O faraó era imutável e reconhecível pelos seus símbolos reais, incluindo a barba falsa. Regentes, e mesmo rainhas, como rainha Hatshepsut usavam a barba falsa para simbolizar seu poder real!

Também os persas, hititas e outros povos são retratados com a barba sólida, bem firme, um claro sinal de força e potência. Sem a ajuda das cabras, nada feito!

 

Fogo - O Lábdano é associado com o elemento fogo. Embora tenha muitas associações astrológicas, o óleo essencial é quente e edificante, com um ar sagrado e misterioso. Há um aspecto calmante, de meditação, de relaxamento, de criatividade latente. Tem sido utilizado por milhares de anos e, pelo visto, assim continuará pelo futuro.

 

Além da barbicha - Mais tarde, os egípcios descobriram outras funções para o lábdano e podiam dispensar, de certa maneira, as cabras. Passaram a utilizar varas compridas que levavam amarradas, na ponta, tiras de couro de caprino. Estas varas eram arrastadas pelos arbustos para a extração da resina. Ao invés de levar as cabras até os arbustos, levavam apenas a pele amarrada às varas!

Hoje, o Lábdano é o nome dado à resina pegajosa de cor castanha obtida a partir das folhas de esteva (Cistus ladaniferus, no Mediterrâneo ocidental; ou Cistus creticus, no Mediterrâneo oriental).

O óleo foi usado por milhares de anos na fitoterapia e como um ingrediente de perfume. O lábdano é parecido com âmbar cinza, com odor almiscarado seco. Seu cheiro tem algo de silvestre, doce e semelhante ao couro dos animais.

Há referências do uso de lábdano para tratar o fígado, o estômago, constipações, tosse, problemas menstruais, reumatismo e até para perda de cabelo. Era um produto deveras “milagroso” na antiguidade.

O Lábdano continua sendo bastante utilizado pela indústria moderna de perfumes. As cabras foram dispensadas do processo. A resina é extraída por destilação a vapor ou fervura das folhas e galhos. A fixação do perfume, porém, continua sendo feita pelo odor almiscarado dos caprinos.






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