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Associação em queda; Sindicato em alta

Autor: Ananias Duarte - 27/05/2013

Não existe dinheiro para Associações, mas há para Sindicatos e, então, bastaria transformar todas as associações em sindicatos, para não mais precisar cobrar anuidades dos fazendeiros. Por sequer ter chegado à fase de Sindicatos, a caprino-ovinocultura continua tão frágil.

 

Acabo de ler, na coluna Opinião de um exemplar muito antigo da revista O Berro (n. 49), o artigo “O Berro do Bode e do Carneiro”. Como tantos outros já publicados pela valente revista, versa sobre o descaso dos governantes para com os criadores de ovinos e caprinos. É uma matéria tão antiga e tão nova.

A pergunta continua a mesma: até quando ouviremos os berros e os lamentos da nossa categoria? Será que por mais 500 anos? Será que já não é hora de unidos, arregaçarmos as mangas e tomarmos atitudes que efetivamente possam reverter esse estado de coisa?

Tenho conhecimento de que já foram realizados diversos encontros, simpósios, seminários, congressos, etc. sobre o negócio caprino-ovinocultura. E o que de efetivo esses eventos trouxeram para o setor? Aparentemente nada, ou muito pouco, pois continuamos ouvindo os lamentos e os berros do setor.

E as Associações de criadores, o que têm feito? Muito, dizem alguns. Pouco, dizem outros e nada, dizem outros tantos.

Particularmente, sou da opinião de que as associações de criadores no que se refere às políticas públicas para o setor, nada fazem e não poderia ser diferente. E porque não podem fazer? Simplesmente porque as associações de criadores não são entidades legalmente constituídas para representar o setor junto aos órgãos que definem as políticas econômicas dos diversos segmentos produtivos.

Efetivamente as associações de criadores, salvo raras exceções, apenas servem para solicitar junto da ARCO os registros de animais de elite. Ora, ora, mas não é que caímos na mesma vala comum? Assim como as Universidades públicas, que possuem os melhores cursos e ainda são de graça, apenas os ricos é que têm acesso a elas. Os pobres, que realmente precisam delas, ficam de fora.

Não estou afirmando que as associações de criadores não exerçam um importante papel no setor, porém precisa ser repensada no que se refere à sua efetividade, assim com também a própria ARCO.

Efetivamente o que precisamos é conhecer e saber usar as “armas” legalmente constituídas para combater esse estranhíssimo estado de miséria em que vive o setor de ovino-caprinocultura na área institucional.

Para usarmos essas armas é preciso antes que tomemos consciência da única verdade que pode salvar o setor: a união faz a força. Que lição tiramos disso? Um indivíduo só é fácil de ser “quebrado” porque a sua força, isolada, não é suficiente para enfrentar o “inimigo”. 

Sindicato

O sindicato é o único organismo, legalmente constituído, que tem o direito (poder) de representar determinada classe ou categoria em negociações de natureza reivindicatória.

Mas é isso mesmo que estamos precisando: reivindicar, de maneira correta e legal, os nossos direitos e anseios.

Se você pouco ou nada sabe sobre sindicato procure, urgentemente, saber que “bicho” é esse. A idéia é a seguinte: deverão ser criados no mínimo cinco sindicatos de criadores de ovinos e caprinos em cada Estado brasileiro. Considerando que existem muitos Municípios em cada Estado, uma possibilidade seria criar sindicatos que agreguem criadores de municípios circunvizinhos. E por que pelo menos cinco sindicatos? Porque essa é a quantidade mínima para se criar a Federação dos Criadores de Ovinos e Caprinos de um Estado.

Para se criar um sindicato existem diversos especialistas no mercado. Eu recomendo que seja procurado o SEBRAE para orientações iniciais.

Conclusão: Existem muitas associações mas elas não são Sindicatos. Elas não são unidas como manda a Lei. Nada mais são que um “bando” de entidades, cada uma brigando por si. Muito bonito e elogiável, mas são fraquinhas, fraquinhas... enquanto a gente vai perdendo um tempo imenso.

Como funcionam as coisas

À mesa do mais poderoso organismo de defesa do setor agrícola brasileiro, a CNA, estarão sentados representantes (Federações) dos Criadores de Ovinos e Caprinos de todos os Estados brasileiros para apresentar os nossos Planos e Projetos de curto, médio e longo prazos para o desenvolvimento da Ovino-Caprinocultura brasileira.

É ela e somente ela, a CNA que tem o poder de intervir, de exigir e de assessorar o governo na ela¬boração da Política Agrícola Brasileira.

Entendeu? Se não fizermos representar, de maneira legal junto ao órgão que define os rumos do setor primário brasileiro, vamos continuar a berrar. É dessa maneira que vamos traçar os nossos próprios destinos, que vamos mudar as políticas, injustas e equivocadas, de financiamentos, pois na forma como está, somente os ricos (aqueles que não precisam) é que botam a mão no dinheiro fácil e barato. Lembre-se: se considerarmos o Sindicato como uma “ar-ma” ele seria uma metralhadora e a Federação seria uma bazuca, ou um canhão.

Em resumo

No momento, temos um monte de Associações de Criadores, mas nenhum Sindicato. Por isso, nenhuma consegue verbas federais. Já uma forte Confederação de Criadores de Caprinos e Ovinos teria uma Federação em cada Estado e Sindicatos espalhados pelo interior. Haveria uma verba - obrigatória por Lei - que hoje continua na gaveta da CNA, em Brasília, porque ninguém reivindicou.

Está na hora de acordar as lideranças da Caprino-Ovinocultura. Esse é o único caminho para acabar com as reclamações, as chora¬deiras, os berros, etc. Quem arregaça as mangas e carrega a bandeira a favor dos caprinos e ovinos nessa maratona?

Ananias Duarte - Criador de Santa Inês - Brasília (DF)






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