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Feliz Natal e um Prã³°ero Ano Novo!


Matérias



Desensarilhar armas

- 01/03/2007

1 - Há quase 30 anos quando a revista “O Berro” visitava as exposições da é­­­po­­ca, dialogando com os pilares da ovino-caprinocultura como: Oscar Kater­fel­dt, Luciano Dantas, João Batista, Romero Dantas, Vital Duré, Manoel Dantas Vi­lar, Suetônio Vilar, e tantos outros, jamais imaginava que aquele rebanho tão sau­dável poderia um dia ser ameaçado pelo “terrorismo zootécnico”. O ­Nordeste já havia vivido o flagelo do “bicudo”, um ato de terrorismo habilmente plantado, além de tantos outros que sequer merecem ser mencionados. Os caprinos e ovi­­nos, no entanto, eram coisa de gente pobre, não afetavam os potentados, não cor­­riam perigo.
Os anos foram passando, os ovinos e caprinos conquistaram terreno e, hoje, dis­­putam palmo a palmo com algumas categorias de bovinocultura. De fato, a Aus­trália - que chegou a ter 187 milhões de cabeças, no passado - poderá ver o cres­­­cimento do Brasil para ostentar um rebanho dessa ordem. Por que não? A di­­ferença é que o rebanho australiano era de lã e o brasileiro será de carne e lei­­te, muito mais viável. Temos clima, terra, gente hábil, um mundo propício para ovi­­­­­­nos e caprinos.
O mundo pede; o mundo espera; o Brasil deve essa gentileza ao planeta. Quan­do alguém não explora suas terras para o bem-estar da humanidade, ­alguém vai chegar e fazê-lo. Então, é bom ter consciência de que os produtores ­precisam colocar sua potencialidade em ação, para evitar que os gringos venham fazê-lo. Já surgem muitas fazendas prenunciando grandes rebanhos com vistas ao merca­do internacional.
2 - Se tudo é tão bonito, cabe perguntar: “por que, então, de repente, a re­vista “O Berro” vem sugerir, nessa edição, o abate sistemático de milhares de ­animais. Por quê?”
Hoje, a Austrália e a Nova Zelândia estão livres das mais terríveis doenças que proíbem exportações. Esse é o enfoque: trabalhar corretamente para que, lo­­go mais, o Brasil possa estar exportando 20, 30, 40 milhões de cordeiros para as grandes festas religiosas do planeta e para as mesas que exigem essa ­iguaria.
Tal tarefa cabe ao Brasil. Várias vezes as chances já surgiram, mas não ha­­via uma cadeia coordenada para tanto. Hoje, os produtores de carne ­começam a mostrar que estão dispostos a investir, pesadamente, para garantir uma produção estável. Logo serão dezenas, centenas de grandes produtores. Isso é ­motivo pa­ra comemoração!
Por outro lado, porém, para piorar, começa a circular pelo mundo a notícia de que o Brasil tem a famigerada doença Scrapie (relatórios europeus). Ora, bra­­sileiros incautos e ambiciosos foram ingênuos, servindo ao “terrorismo zoo­téc­­­ni­co”, introduzindo a CAE, a Língua-Azul, a Maedi-Visna, e tantas doenças. E, fi­nalmente, introduziram a Scrapie.
Nessa edição, trazemos várias matérias sobre a Scrapie, esse flagelo da atua­­lidade. Verificamos a situação dos Estados Unidos, de onde veio a maioria dos animais infectados. Trata-se de uma grande nação que tem um notável progra­ma para controlar e erradicar a Scrapie, mas que - ao mesmo tempo - permite que seus cidadãos vendam os animais infectados a preços irrisórios, desde que se­ja para bem longe, para outros países! Foi assim que a Scrapie viajou do Rei­­no Unido, do Canadá e dos Estados Unidos para o Brasil. Uma autêntica “pi­­ra­taria”: vendendo ouro e entregando lixo.
Só existe uma solução para a Scrapie: genotipar os reprodutores das raças de cara-negra e os de cara-branca que são suspeitos. Dar a eles um Certificado de Qualidade. Todos os criadores serão obrigados a comprar ou conseguir re­pro­dutores “RR”, pois somente eles poderão garantir que, no futuro, não aconteçam abates sistemáticos (rifle sanitário). Quem deveria pagar a conta? Claro, o Go­­verno, pois a in­cú­ria foi dele. E, ao contrário dos Estados Unidos e outros paí­ses, deveria proibir a venda de animais suspeitos, para frear - de vez - com o mal.
3 - Ao mesmo tempo, a ovino-caprinocultura atinge a maturidade: ganha uma TV do Berro para espalhar para milhões de parabólicas a boa-nova da ativi­da­­­de. Tudo caminhará mais rapidamente. Os produtores ganharão mais dinheiro. Mi­lhares e milhares de novos empresários irão surgir. Ao invés de dezenas de mi­lhares de leitores, agora serão milhões de expectadores. Bom para todos.
É importante que, nesse estágio de maturidade, o objetivo comercial seja ne­­gociar animais isentos de qualquer doença transmissível. É o único caminho sé­rio para os brasileiros. Não podemos dar o mau exemplo dos demais países. Não temos tradição de “pirataria”, nem de “terrorismo zootécnico”. Temos, ­apenas, que defender ­nossos princípios, a pureza de nossos sertanejos. Eles nos entrega­ram um patrimônio zootécnico “limpo”. Não podemos passá-lo adiante somando “su­jeira” que veio de outros países.
4 - Tudo isso ganha força quando se pensa na FEINCO, uma exposição inter­nacional para exibir o que o país tem de bom. O que é que tem de bom? Fa­­zendeiros cheios de boas intenções. Aqui não se vende, nem se repassam do­enças.
É preciso deixar claro: uma simples análise dos países detentores de boa ge­­nética mostra que a maioria tem problemas sanitários. Assim, a corrida para im­­­portar animais, pensando em lucrar dentro do Brasil, está equivocada, pois traz consigo o “terrorismo zootécnico”. Chega de importar o que não presta. É pre­ciso ter um Atestado para cada animal importado e este Atestado (simples pa­­pel) precisa ser rigorosamente analisado pelas autoridades brasileiras. Não há país bom, nem santo, com exceção para o Brasil. Fomos frágeis, sim, ao deixar en­trar tantas doenças, mas é hora de dizer “basta”.
Finalmente, é importante uma união entre as entidades de classe para ­exigir que o Governo faça sua parte, que enfrente o “terrorismo” diante do mundo. Não po­demos permitir que outros países lancem seus aviões para destruir as “duas tor­res” do Brasil, que são a ovinocultura e a caprinocultura. Estas duas ­atividades podem viabilizar mais de 1,5 milhão de propriedades, gerando facilmente mais de 10 milhões de empregos, e muitos bilhões de dólares.
Enfim, é hora de erguer-se do berço esplêndido em que a maioria dos brasilei­ros pensa ter sido colocada por Deus. Lendo a Bíblia, vê-se que Deus expulsou o Homem do Paraíso, enviando-o para uma terra rochosa e desértica. Como con­solo, deu-lhe cabras e ovelhas. São, portanto, presentes de Deus. Para ­muitos brasileiros, são tudo o que têm. É nosso dever lutar por esse formidável patrimônio ge­nético, transformando-o no maior e no melhor do planeta, para o bem da huma­ni­dade. Tarefa fácil, desde que tenhamos seriedade, desde já.
 
Publicado no Be 99
Desensarilhar armas
 
1 - Há quase 30 anos quando a revista “O Berro” visitava as exposições da é­­­po­­ca, dialogando com os pilares da ovino-caprinocultura como: Oscar Kater­fel­dt, Luciano Dantas, João Batista, Romero Dantas, Vital Duré, Manoel Dantas Vi­lar, Suetônio Vilar, e tantos outros, jamais imaginava que aquele rebanho tão sau­dável poderia um dia ser ameaçado pelo “terrorismo zootécnico”. O ­Nordeste já havia vivido o flagelo do “bicudo”, um ato de terrorismo habilmente plantado, além de tantos outros que sequer merecem ser mencionados. Os caprinos e ovi­­nos, no entanto, eram coisa de gente pobre, não afetavam os potentados, não cor­­riam perigo.
Os anos foram passando, os ovinos e caprinos conquistaram terreno e, hoje, dis­­putam palmo a palmo com algumas categorias de bovinocultura. De fato, a Aus­trália - que chegou a ter 187 milhões de cabeças, no passado - poderá ver o cres­­­cimento do Brasil para ostentar um rebanho dessa ordem. Por que não? A di­­ferença é que o rebanho australiano era de lã e o brasileiro será de carne e lei­­te, muito mais viável. Temos clima, terra, gente hábil, um mundo propício para ovi­­­­­­nos e caprinos.
O mundo pede; o mundo espera; o Brasil deve essa gentileza ao planeta. Quan­do alguém não explora suas terras para o bem-estar da humanidade, ­alguém vai chegar e fazê-lo. Então, é bom ter consciência de que os produtores ­precisam colocar sua potencialidade em ação, para evitar que os gringos venham fazê-lo. Já surgem muitas fazendas prenunciando grandes rebanhos com vistas ao merca­do internacional.
2 - Se tudo é tão bonito, cabe perguntar: “por que, então, de repente, a re­vista “O Berro” vem sugerir, nessa edição, o abate sistemático de milhares de ­animais. Por quê?”
Hoje, a Austrália e a Nova Zelândia estão livres das mais terríveis doenças que proíbem exportações. Esse é o enfoque: trabalhar corretamente para que, lo­­go mais, o Brasil possa estar exportando 20, 30, 40 milhões de cordeiros para as grandes festas religiosas do planeta e para as mesas que exigem essa ­iguaria.
Tal tarefa cabe ao Brasil. Várias vezes as chances já surgiram, mas não ha­­via uma cadeia coordenada para tanto. Hoje, os produtores de carne ­começam a mostrar que estão dispostos a investir, pesadamente, para garantir uma produção estável. Logo serão dezenas, centenas de grandes produtores. Isso é ­motivo pa­ra comemoração!
Por outro lado, porém, para piorar, começa a circular pelo mundo a notícia de que o Brasil tem a famigerada doença Scrapie (relatórios europeus). Ora, bra­­sileiros incautos e ambiciosos foram ingênuos, servindo ao “terrorismo zoo­téc­­­ni­co”, introduzindo a CAE, a Língua-Azul, a Maedi-Visna, e tantas doenças. E, fi­nalmente, introduziram a Scrapie.
Nessa edição, trazemos várias matérias sobre a Scrapie, esse flagelo da atua­­lidade. Verificamos a situação dos Estados Unidos, de onde veio a maioria dos animais infectados. Trata-se de uma grande nação que tem um notável progra­ma para controlar e erradicar a Scrapie, mas que - ao mesmo tempo - permite que seus cidadãos vendam os animais infectados a preços irrisórios, desde que se­ja para bem longe, para outros países! Foi assim que a Scrapie viajou do Rei­­no Unido, do Canadá e dos Estados Unidos para o Brasil. Uma autêntica “pi­­ra­taria”: vendendo ouro e entregando lixo.
Só existe uma solução para a Scrapie: genotipar os reprodutores das raças de cara-negra e os de cara-branca que são suspeitos. Dar a eles um Certificado de Qualidade. Todos os criadores serão obrigados a comprar ou conseguir re­pro­dutores “RR”, pois somente eles poderão garantir que, no futuro, não aconteçam abates sistemáticos (rifle sanitário). Quem deveria pagar a conta? Claro, o Go­­verno, pois a in­cú­ria foi dele. E, ao contrário dos Estados Unidos e outros paí­ses, deveria proibir a venda de animais suspeitos, para frear - de vez - com o mal.
3 - Ao mesmo tempo, a ovino-caprinocultura atinge a maturidade: ganha uma TV do Berro para espalhar para milhões de parabólicas a boa-nova da ativi­da­­­de. Tudo caminhará mais rapidamente. Os produtores ganharão mais dinheiro. Mi­lhares e milhares de novos empresários irão surgir. Ao invés de dezenas de mi­lhares de leitores, agora serão milhões de expectadores. Bom para todos.
É importante que, nesse estágio de maturidade, o objetivo comercial seja ne­­gociar animais isentos de qualquer doença transmissível. É o único caminho sé­rio para os brasileiros. Não podemos dar o mau exemplo dos demais países. Não temos tradição de “pirataria”, nem de “terrorismo zootécnico”. Temos, ­apenas, que defender ­nossos princípios, a pureza de nossos sertanejos. Eles nos entrega­ram um patrimônio zootécnico “limpo”. Não podemos passá-lo adiante somando “su­jeira” que veio de outros países.
4 - Tudo isso ganha força quando se pensa na FEINCO, uma exposição inter­nacional para exibir o que o país tem de bom. O que é que tem de bom? Fa­­zendeiros cheios de boas intenções. Aqui não se vende, nem se repassam do­enças.
É preciso deixar claro: uma simples análise dos países detentores de boa ge­­nética mostra que a maioria tem problemas sanitários. Assim, a corrida para im­­­portar animais, pensando em lucrar dentro do Brasil, está equivocada, pois traz consigo o “terrorismo zootécnico”. Chega de importar o que não presta. É pre­ciso ter um Atestado para cada animal importado e este Atestado (simples pa­­pel) precisa ser rigorosamente analisado pelas autoridades brasileiras. Não há país bom, nem santo, com exceção para o Brasil. Fomos frágeis, sim, ao deixar en­trar tantas doenças, mas é hora de dizer “basta”.
Finalmente, é importante uma união entre as entidades de classe para ­exigir que o Governo faça sua parte, que enfrente o “terrorismo” diante do mundo. Não po­demos permitir que outros países lancem seus aviões para destruir as “duas tor­res” do Brasil, que são a ovinocultura e a caprinocultura. Estas duas ­atividades podem viabilizar mais de 1,5 milhão de propriedades, gerando facilmente mais de 10 milhões de empregos, e muitos bilhões de dólares.
Enfim, é hora de erguer-se do berço esplêndido em que a maioria dos brasilei­ros pensa ter sido colocada por Deus. Lendo a Bíblia, vê-se que Deus expulsou o Homem do Paraíso, enviando-o para uma terra rochosa e desértica. Como con­solo, deu-lhe cabras e ovelhas. São, portanto, presentes de Deus. Para ­muitos brasileiros, são tudo o que têm. É nosso dever lutar por esse formidável patrimônio ge­nético, transformando-o no maior e no melhor do planeta, para o bem da huma­ni­dade. Tarefa fácil, desde que tenhamos seriedade, desde já.
 
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