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Matérias



Uma visão dos dois números 100

- 01/04/2007

Chegar ao número 100, numa editora organizada e rica, é tarefa fácil. Já atingir o número 100 de uma revista dedicada a caprinos e ovinos, no Brasil, é tarefa para 30 anos de trabalho e alguns milhões de quilômetros percorridos pelas caatingas e ve­redas do país.
Quando começou no final da década de 1970, a revista era apenas em preto-e-branco, em papel jornal, simples, didática, sondando uma atividade que era muito co­mum no Nordeste, mas servia apenas para pagar as despesas dos fazendeiros que compareciam às exposições locais. De fato, cada um lotava uma caminhonete e ia vendendo cabras e ovelhas à medida que iam surgindo as despesas durante o evento. Não havia um mercado definido, embora os animais estivessem em todas as propriedades sertanejas.
De ensinamento em ensinamento, de aprendizado em aprendizado, a revista foi verificando que havia um mundo inteiro de informações disponíveis para ­enriquecer a cultura da caprino-ovinocultura, tão antiga como a própria Bíblia. Estas ­informações começaram a ser destiladas nas páginas da revista que nascia e, lentamente, foi ga­nhando leitura, por ser realizada para atender justamente o sertanejo carente de cul­tura geral. Foi assim que a revista passou a incluir ensinamentos culturais, bí­blicos, mitológicos, pitorescos, cômicos, etc. - sobre cabras e ovelhas. Sucesso to­tal!
Em alguns lugares, a leitura ganhou foros de fanatismo: a revista era esperada com ansiedade, pois era o único elo entre o sertão e a civilização. Passou a ser lida em escolas por intrépidas professoras que ganhavam 20% do salário mínimo, mas que sabiam ser esta a cultura das crianças, dos pais das crianças, das famílias e até dos próprios povoados. A revista tornou-se um atestado de fé no futuro. Daí para a frente, ela não poderia parar, nunca mais, pois já fazia parte do cotidiano cultural do sertão.
Ninguém imaginaria que um dia haveria uma edição n. 100 - era algo intangível, lon­gínquo demais até para se pensar. A partir da década de 1990, a revista ganhou fisionomia profissional, com cerca de 20 matérias por edição. Logo depois, ­passaria a papel couché, totalmente colorida. Os sertanejos vibraram ainda mais, ­percebendo que a revista atingia uma posição dentro do mercado e que não mais retrocederia: era uma vitória do sertão.
Hoje, comemorando a edição n. 100 a revista é uma das maiores tiragens es­pe­cializadas do planeta. É pequena, sim, por opção dos próprios sertanejos que, em várias pesquisas, sempre rejeitaram o tamanho maior. Afinal, tamanho não é documento, tiragem é. Assim, a revista chega aos mais distantes rincões, seguindo uma regra básica desde o início:
- Qualquer associação tem o direito (ou dever) de entregar uma revista para ca­da associado. Basta enviar os endereços para a Editora. Hoje, somente a leitura gra­tuita, rotativa, atinge 12 mil exemplares. O cadastro geral continua somando to­dos os nomes e endereços que surgem. Por isso, O Berro é conhecido de norte a sul, pois todos já receberam uma ou outra edição. Em termos de assinantes que pagam pela leitura, sem dúvida está entre as primeiras do país.
Cada edição traz, em média, 25 matérias. No final do ano, o leitor terá lido 300 textos. Mais que qualquer escola; mais que uma dezena de livros! Leitores com 5 anos de assinatura terão lido 1.500 textos. É muita cultura numa atividade que era quase desconhecida há tão pouco tempo. Os fanáticos leitores que acompanham a revista já leram milhares e milhares de textos. Tudo isso é cultura para a ­atividade.
O progresso da caprino-ovinocultura é, em boa parte, um atestado da ­eficiência da revista que nasceu e cresceu dentro dos currais. Agora, para garantir mais ve­lo­cidade à caprino-ovinocultura a revista lança a TV do Berro, pelo canal Terraviva (o que mais atinge o sertão nordestino), com intenção de chegar a mais de 20 milhões de expectadores, todos os dias. O programa é curto: apenas meia hora diá­ria, mas já está planejada a evolução para uma hora diária em 2008.
Ao mesmo tempo, ainda comemorando a edição n. 100, a valente revista lança o primeiro Anuário Brasileiro de Caprinos & Ovinos dentro da Feinco. Um forte sinal de maturidade editorial e compromisso com a classe produtora.
Tudo isso é feito com o patrocínio de fazendeiros e industriais que acreditam na potencialidade da caprino-ovinocultura. Todos repetem seus anúncios, pois já testaram muitas vezes a eficácia da circulação da revista.
Hoje, com prazer, todos podem ver que existe, de fato, uma atividade a todo va­por, gerando rendimentos para os produtores. A revista O Berro acreditou na luta para chegar a esse ponto, ela está envolvida e faz parte desse sucesso que ­empolga novos empresários.
A luta, hoje, é diferente, introduzindo novas tecnologias nos criatórios, em ve­lo­cidade surpreendente. Importações são comuns, muita gente está entrando na ativi­dade, a responsabilidade da revista torna-se ainda maior, devendo gerar textos iné­ditos, capazes de responder perguntas de empresários cultos e acostumados a outros empreendimentos. Ao fazer isso, a revista e estes novos empresários vão pos­sibilitando a consolidação dos elos da Cadeia Produtiva, promovendo novas en­tidades de apoio e estímulo à classe. O melhoramento geral de todos os elos pro­move a riqueza para todos.
As estatísticas tão divulgadas pelo Berro já são aceitas como possíveis: 100 mi­lhões de ovinos num futuro próximo e 50 milhões de caprinos. Nada demais, diante do já acontecido em outros países que ostentam piores condições ­ecológicas que o Brasil. Basta melhorar as condições de manejo, compreendendo adequadamente a atividade, e o país chegará a estas cifras que implicam em farta ­exportação de carnes e derivados de leite. Quando chegar lá, o país terá um novo filão de ri­queza, nascido da própria terra. Motivo para grande comemoração.
Hoje, portanto, comemora-se a edição n. 100, mas já convém preparar a festa pa­ra quando o rebanho brasileiro atingir o n. 100 (de cem milhões de cabeças). Aí, sim, a vitória do país e a festa dos produtores poderão ser muito grandes. Todos são esperados para esse grande momento.
 
Publicado no Be.100





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