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Ovino ou Bovino? Difícil de saber

- 01/05/2005

Eles nem são bovinos, mas também não são ovinos. São os ovibovinos. Ainda sobrevivem em algumas partes do planeta. O mais comum é o Takin, ou Budorca (Budorcas taxicolor takin). Outros nomes: Camurça (bovino "Musk"), ou cabrito Gnu, pois apresenta traços físicos parecidos com todos esses animais.

Pertencem à Classe Mammalia (animais com glândulas leiteiras), à Subclasse Eutheria (mamíferos verdadeiros), à Ordem Artiodactyla (mamíferos de dois dedos), à Família Bovidae, à Subfamília Ovibovinae.
 
Hábitat - O Takin pode ser encontrado entre as florestas montanhosas de bambu e rododentro, do leste da Himalaia. Estes animais grotescos – que parecem uma mistura de carneiro com boi – perambulam pelas montanhas, que são seu lar, em rebanhos de 5 até 50 elementos – a altitudes entre 1.000 a 4.250 m. Machos e fêmeas geralmente permanecem em rebanhos separados. Os machos sobem para altitudes mais elevadas porque as fêmeas têm que cuidar das crias. Movem-se pelo seu hábitat íngreme com relativa facilidade, onde o homem encontra dificuldade em caçar. São encontrados no Tibete Oriental, Sikkim, Bhutan, norte de Assam, norte de Burma, Myanmar e no centro e sul da China (Nowak, 1999). Apreciam terrenos rochosos, ou áreas elevadas cobertas de grama (alpinas) e vales florestados (Parker, 1989).
 
Características Físicas - O Takin (Budorca) é volumoso: pesa entre 150 a 400 kg (média de 227-318 kg). O comprimento de um macho adulto é entre 210 e 220 cm, e da fêmea é de aproximadamente 170 cm. A cauda atinge um comprimento de quase 15 cm, e normalmente está oculta sob o pelo comprido, farto e desalinhado. O corpo é coberto por uma pelagem densa e longa que vai do branco amarelado a um amarelo dourado até um castanho escuro. Apresenta uma faixa escura no dorso e várias partes na coloração cinza.
Um macho cresce até uma altura de 120 cm nos ombros, enquanto uma fêmea tem aproximadamente 105 cm. A cabeça do Takin é grande com focinho arqueado e um espelho largo e descoberto.
Apresenta “ranhuras transversais” que começam perto do meio da cabeça, giram repentinamente para fora e depois para trás e na vertical” (Nowak, 1999). As pernas são curtas, muito fortes, com dois dedos enormes, ideais para escalar rochas, e esporas altamente desenvolvidaa (Parker, 1989; Nowak, 1999; Minelli e Minelli, 1997).
Ambos os sexos têm chifres fortes de até 30cm em comprimento, que crescem para fora antes de se curvarem para trás e depois subirem na vertical.
 
Comportamento - O Takin é um herbívoro, vivendo geralmente de pasto. Alimenta-se cedo de manhã ou na final da tarde e come principalmente folhas encontradas em árvores ou arbustos, incluindo bambu e rododendro. Um Takin pode alcançar galhos ate 2,4 m acima do chão. Também pode empurrar um tronco de até 13 cm até quebrá-lo.
Alimenta-se também de gramas e forragem. Durante o inverno, os alimentos escolhidos são galhos ou folhas perenais. O Takin também requer uma grande quantidade de sal mineral e, às vezes, percorre grandes distâncias para chegar aos depósitos salinizados, onde permanece por diversos dias (Minelli e Minelli, 1997; Parker, 1989).
Normalmente alimenta-se cedo pela manhã e no final da tarde, descansando a maior parte do dia. No inverno, a fêmea Takin vive em grupos de 10 a 15 animais, com suas crias. No início do verão os grupos juntam-se formando rebanhos maiores de até 100 animais. Os machos mais velhos vivem isolados quase o ano inteiro.
 
Comportamento - A espécie vive em rebanhos grandes, de até 300 indivíduos nas terras altas durante o verão, e durante o inverno em rebanhos de até 20 indivíduos. Os machos mais velhos são habitualmente solitários e passam apenas os meses de acasalamento com o grupo. O Takin move-se muito devagar, mas tem a agilidade de poder saltar de rocha em rocha nas encostas desafiadoras. Passa a maior parte do dia no meio de vegetação densa, saindo só para se alimentar. Há migrações sazonais das regiões mais altas para as regiões mais baixas no inverno. Quando se encontra em perigo, um indivíduo avisa os outros com um som que parece ser tosse. Os outros então correm para dentro da vegetação buscando refúgio. Também às vezes certos indivíduos borrifam o lado inferior do corpo com urina por razões ainda desconhecidas (Palmer, 1989).
 
Reprodução - A fêmea tem um parto a cada dois anos. O acasalamento da espécie acorre no período entre Julho até princípios de Setembro. A gestação dura entre 7 a 8 meses, nascendo apenas uma cria, pesando normalmente entre 5 a 7 kg, entre Março ou Abril. As crias conseguem seguir a mãe após três dias de vida, e aprendem a ingerir sólidos depois do primeiro ou segundo mês. O jovem Takin é amamentado durante nove meses, embora se junte ao rebanho logo após seu nascimento. Atingem a maturidade sexual aos 30 meses de idade (Nowak, 1999).
 
Situação atual - O Burdorca (Takin) é caçado pela sua carne pelos humanos locais (Nowak, 1999). Não apresenta nenhum inconveniente ao ser humano. O rebanho está sendo dizimado, encontrando-se em perigo de extinção, tanto pela caça, como pela deterioração do ambiente. Também é caçado por ursos e lobos (Nowak, 1999) e pelo "dhole", o cachorro asiático selvagem.
É protegido pela lei na China e reservas especiais já foram criadas para preservar seu habitat.
 
(Na próxima edição, não perca: mais um capítulo de Ovibovinos para você: o Goral)
 
 
Bibliografia
MINELLIi, A e M Minelli, 1997 - The Great Book of Animals. (Grande livro dos animais)
Courage Books, Philadelphia, PA
NOWAK, R 1999 - Walker’s Mammals of the World. The John Hopkins University Press,
Baltimore, MD
PARKER,S. 1999 - Grzimek’s Encyclopedia of Mammals. The Language Service, Inc.,

Hastings-on-Hudson, NY.

Publicado na Revista O Berro n. 77






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