Quase todos os dias, o cidadão entrava na movimentada agência bancária e depositava em sua conta 20 mil cruzeiros, deixando o gerente cada dia mais curioso sobre sua fonte de renda.
- Sou apostador - respondeu o cliente ao gerente quando este se animou a perguntar o ramo de negócios do depositante.
- Cavalos, jogo de bicho, cartas...?
- Ora, isso tudo é muito vulgar. Eu sou profissional!
Ante a expressão de espanto do bancário, o homem prosseguiu:
- Por exemplo: aposto 20 mil cruzeiros que o senhor tem uma pinta na coxa direita.
O diretor, entre indignado e surpreso, mas já sabendo que ganharia a aposta, concorda com o
cliente e aceita a sugestão de um encontro para o dia seguinte, quando verificariam o assunto
da aposta.
No dia seguinte, o cliente aparece acompanhado de um homem a quem apresenta como tabelião.
O gerente leva-os a seu gabinete e, sem delongas, prova que não tem nenhuma pinta na coxa. enquanto sobe as calças, comenta:
- Muito bem, sinto dizer que com esta demonstração o senhor tenha perdido vinte milhas.
- Muito pelo contrário. Este senhor que me acompanha me dava 40 mil se eu fosse capaz de obrigar o gerente do banco a abaixar as calças.
Publicado na Revista O BERRO 90
Link para esta p᧩na: http://www.revistaberro.com.br/?pages=materias/ler&id=624