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Matérias



Amoreira como alternativa forrageira

Autor: Fumiko Okamoto, Eduardo Antônio da Cunha - 06/10/2008

Tradicionalmente, o cultivo do amoreiral está vinculado à sericicultura, por representar a principal e única fonte de alimentação das lagartas do bicho-da-seda (Bombyx mori L.). As amoreiras (pés de amora) destacam-se também como importante planta forrageira para alimentação de alguns animais, por apresentar acentuado desenvolvimento, alto valor nutritivo e elevada produção de ma­téria seca por área.

Uma das principais características da amoreira, considerando seu uso na alimentação de ovinos, é a alta aceitabi­lidade. Outro aspecto interessante é a elevada digestibilidade da matéria seca que pode chegar a 77% para planta inteira, 91% para folhas e 51% para ramos. Apresenta, ainda, baixo teor de ­fibra bruta (8 a 12%) e elevado teor de proteí­na nas folhas (20 a 30%). No campo, é facilmente observada a preferência dos animais, quando ­é oferecida simultaneamente no arraçoamento de ruminantes, podendo ser ministrada na forma de forragem verde inteira ou picada, feno e silagem, ou em pastejo direto co­mo banco de proteína.

A forma mais utilizada de propagação da planta é a vegetativa, através de estacas. Após o plantio, a primeira utilização ocorre aos seis meses e a expressão da capacidade produtiva é verificada a partir do terceiro ano, podendo estender-se por quase 18 anos, em função dos tratos culturais. O ­espaçamento adotado pode variar em função de sua utilização, sendo o mais indicado 0,90 x 0,50 m para uso como banco de proteí­na ou reserva forrageira para ­ruminantes.

Sendo planta perene, em crescimento livre atinge cerca de 10 metros de altura, mas como planta conduzida, para fins forrageiros, deve ser manejada através de podas rente ao solo. Desta forma proporcionará maior número de perfilhos e ramos tenros. No período das águas, entre setembro e abril, permite quatro cortes com intervalos entre 50 e 60 dias de crescimento vegetativo.

 

 

 

Quan­to ao potencial produtivo, os cultiva­res melhorados, desenvolvidos pelo Insti­tuto de Zootecnia, apresentam uma produção média de 20 t/ha/ano de matéria verde em folhas. Se considerar os ­ramos, este valor pode duplicar, podendo chegar à produção de 35 t/ha/ano de matéria seca quando estabelecidos em densidade da ordem de 25.000 plantas/ha e adubados com esterco orgânico.

Tanto a composição química quanto o volume de produção variam em função da altura de inserção da folha no ramo, do ­estádio de desenvolvimento da planta e também entre variedades, os quais são influenciados por fatores do ambiente e ­práticas de manejo, determinando assim a qualidade das folhas.

O uso do amoreiral, tem melhorado o desempenho de ovinos e caprinos em fase de crescimento, enfatizando que o alto teor de proteína possibilita a substituição de ingredientes concentrados na dieta, reduzindo, assim, os custos de pro­dução. A recomendação na alimentação de ovinos e caprinos se deve, principalmente, ao menor volume de consumo apresentado pelos pequenos ruminantes, ­quando comparado com ruminantes maiores, e também por consumirem a forrageira satisfatoriamente.

Outra alternativa é associar a amoreira com cana-de-açúcar. Juntas apresentam excelentes resultados, elevam o teor de proteína da dieta e aumentam a digestibilidade, com acréscimo no teor energético da dieta. Ocorre, portanto, me­­lhor digestibilidade da porção fibrosa da dieta e aumento na taxa de ­passagem dos alimentos pelo trato gastrintestinal e da ingestão voluntária de matéria seca, promovendo, conseqüentemente, maior desempenho animal.

Diante do grande potencial de uso da amoreira como forrageira, as ­diversas alternativas tecnológicas disponíveis são recomendadas para uso na alimentação dos animais, especialmente na ovino-ca­prinocultura, podendo ser adaptadas de acordo com as necessidades de cada criação.

 

 

Fumiko Okamoto e Gabriela Aferri são da APTA Regional Centro Oeste, Agência Paulista

de Tecnologia dos Agronegócios, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado

de São Paulo. Eduardo Antonio da Cunha é Instituto de Zootecnia, Agência Paulista de

Tecnologia dos Agronegócios, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.






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