As explorações de caprinos e de ovinos para produção de carne e pele no Brasil eram vistas como atividades pecuárias recomendáveis para as regiões menos desenvolvidas do país. O semi-árido do Nordeste era considerado como uma das regiões mais apropriadas para a exploração desses animais deslanados. Em virtude da maioria do semi-árido ser permeada pela caatinga, que apresenta uma grande diversidade florística e plantas espinhosas, a torna incompatível com a produção de peles de boa qualidade.
Esta assertiva é verdadeira quando as três fases da exploração são conduzidas em regime de pastoreio, tendo a caatinga como suporte forrageiro exclusivo. No transcorrer dos últimos 15 anos vem acontecendo, com sucesso, a implantação e expansão da caprino-ovinocultura em outras regiões do país. Evidenciam-se a forte e crescente exploração com fins econômicos dos ovinos de corte nas regiões Norte, Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Por outro lado, Estados do Pará, São Paulo e Paraná têm investido também no setor para tornar a caprinocultura de corte uma atividade economicamente viável.
O semi-árido é considerado apropriado para exploração de ovinos.
Essas regiões constituem um território amplo e com enorme potencial para a exploração semi-intensiva e intensiva dos caprinos e ovinos. A área territorial brasileira suscita a grande possibilidade de crescimento numérico dos efetivos. É, no entanto, fundamental focar as ações na produtividade e no máximo retorno econômico, considerando, preferencialmente, a unidade de área ocupada, com equilíbrio ambiental e social. Além de determinantes políticas, o desenvolvimento econômico é fortemente favorecido pelo mercado e pelas estratégias de comercialização. Neste contexto, o custo e a diversificação da produção, a qualidade de produtos e serviços, a constância da oferta, a logística e a competitividade tornam-se primordiais para o crescimento e o desenvolvimento da caprino-ovinocultura. Enfatize-se a perspectiva de produção de carnes e peles de qualidade e a preços de custo em condições de competir nos mercados interno e externo.
No decorrer das três últimas décadas, a atividade despertou a atenção de alguns poucos governantes, em seus três níveis de poder: municipal, estadual e federal, o que tem levado a um significativo apoio, porém, insuficiente para garantir com segurança o crescimento e o desenvolvimento da atividade.
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