Décio Ribeiro dos Santos, diretor do Agrocentro, recepcionou o secretário de Agricultura da Bahia, Eduardo Salles, que veio para representar a caprino-ovinocultura. “Não podíamos deixar de participar de um evento, que, em minha opinião, é um dos mais importantes em todo o mundo. Nosso estado reúne o maior rebanho de caprinos, acompanhado pela segunda maior produção de ovinos do país”, disse o secretário.

Em suas andanças pelo recinto, aproveitou para divulgar um projeto em andamento, que deve refletir positivamente a caprino-ovinocultura da Bahia. Também manifestou sua insatisfação com o artigo 47, do relatório apresentado pelo deputado Aldo Rebelo, sobre as novas leis am­bientais, onde há uma moratória de cinco anos para os estados que não possuem zoneamento ecológico e econômico. Em resumo, a Bahia, que tem 70% de seu território no Semiárido e na Caatinga não poderá desenvolver a atividade agropecuária, incluindo a caprino-ovinocultura.

“No oeste da Bahia, por exemplo, onde estão mais de 1,8 milhão de hectares cultivados, teríamos condições de dobrar essa produção, somente respeitando as especificações do programa Reserva Legal. Não é justo que a Bahia, assim como o restante do Nordeste, que viram o Sul e o Sudeste se desenvolverem, seja privada dessa possibilidade”, argumentou. O manifesto foi aceito pelo moderador do relatório, que concordou com a reivindicação e deve retirar as regiões do Cerrado e da Caatinga dessa moratória.