Leandro Silva Oliveira, médico-veterinário e analista da Embrapa Caprinos e Ovinos durante o I Congresso Internacional da Produção Pecuária no mês de agosto, dissertou sobre alimentação de baixo custo.
"Dentro dos custos de produção, a alimentação ainda vem contribuindo com 70-80% das despesas. Se forem disponibilizadas técnicas para o produtor reduzir esses gastos, será muito significante e contribuirá para uma maior lucratividade no setor". Segundo ele, o primeiro passo é tentar separar os animais por categoria, por nível de produção e por espécie. Devemos separar os cabritos das cabras e os borregos das ovelhas. Onde come uma cabra produzindo 2 litros de leite, não pode comer uma cabra produzindo 1 litro de leite. Outro passo interessante é usar a potencialidade das pastagens nativas, principalmente na região Nordeste e realizar um manejo de enriquecimento, rebaixamento para preparar essa caatinga para o período de seca. O outro passo seria utilizar mistura múltipla, principalmente na época de transição chuva-seca, pois isso pode potencializar a caatinga. Nesse período a caatinga ainda possui grande quantidade de massa, porém, de baixa qualidade, por isso, é interessante oferecermos aos animais um pouquinho de energia, proteína e minerais, para potencializar o ganho. O outro passo é ter uma reserva estratégica de volumoso, como silagem de sorgo, ter palma forrageira e ter feno de uma leguminosa nativa ou exótica e possuir sempre no cocho sal mineral nos 365 dias do ano.
Segundo ele, a torta da mamona pode substituir o farelo de soja, pois ela apresenta algo em torno de 40% de proteína bruta e a casca da mamona, que substituiria o volumoso.
O grande problema hoje é a ricina, uma proteína tóxica para o animal, porém a EMBRAPA está trabalhando com a possibilidade de destoxificar essa ricina, quebrá-la, para viabilizar a utilização dos subprodutos da mamona pelos produtores de ovinos e caprinos.
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