As 400 ovelhas viajaram de Valente a Salvador e, depois, até Rio Branco, no Acre, em viagem de 5 dias (4.350 km). Eram da raça Santa Inês e Dorper.
O governador Tião Viana entregou pessoalmente este primeiro lote para os produtores. No total serão 20 lotes saindo da Bahia para o Acre, ou 8.000 animais para 600 produtores: um bom começo, até setembro de 2011.
A atividade da ovinocultura ainda é embrionária no Acre, mas o governo do Estado está estimulando a melhoria genética, aumento de volume da produção e o fechamento da cadeia produtiva através do apoio à instalação de um frigorífico e do fortalecimento da criação.
O primeiro lote foi para 30 produtores rurais que receberam a vistoria dos técnicos da Secretaria de Estado de Agropecuária (Seap), da Secretaria Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) e estavam prontos para colocar os animais em seus pastos.
As raças trazidas da Bahia promoverão o melhoramento genético do plantel acreano, garantindo mais ganho de peso em menos tempo. “Em 10 meses a ovelha já atinge o peso de corte, cerca de 15 quilos”, afirma o médico-veterinário responsável pelo acompanhamento das criações no estado, Alan Palu.
O trabalho de assistência técnica será compartilhado entre governo, por meio das Seap e Seaprof, e rede privada de assistência.
De acordo com o secretário de Agropecuária, Mauro Ribeiro, a ovelha é mais um animal que vai compor a produção das propriedades. “Essa é uma criação que demanda pouco tempo para manejo, cerca de duas horas por dia. No resto do tempo o produtor vai cuidar dos outros produtos, seja plantação ou criação de outros animais, como o peixe. E o interesse é grande. Depois que o governador anunciou o telefone não parou de tocar”, explicou Ribeiro.
Um exemplo é do produtor Ademar Pereira Santos que visitou o Parque de Exposições Castelo Branco, onde estão os animais, para ver se conseguia uma vaga para sua propriedade. "Já tenho a casa para as ovelhas e os piquetes”, disse Ademar. Ele já trabalha com gado leiteiro e também está se preparando para criar peixes na sua propriedade em Plácido de Castro. “Eu já tenho umas ovelhas, mas preciso melhorar a genética para poder entrar nesse mercado de carne de ovino. Eu vivo da terra. Então quero transformar a minha propriedade em algo bem lucrativo. Era uma coisa que eu nunca esperava do governo" - comentou ele. Finalizou: "É um incentivo que não fica só pelo boi. É um negócio que dá certo".
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